A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: percepção dos cirurgiões-dentistas da Atenção Primária à Saúde

Autores

  • Janaína Rocha de Sousa Almeida Universidade Federal do Ceará Centro Universitário UNICHRISTUS
  • Davi de Oliveira Bizerril
  • Katia de Gois Holanda Saldanha
  • Franklin Delano Soares Forte
  • Maria Eneide Leitão de Almeida

DOI:

https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v19i3.754

Palavras-chave:

Educação. Estratégia Saúde da Família. Saúde Bucal.

Resumo

Tomando-se como referência a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), que busca a formação dos trabalhadores de acordo com as necessidades da população, gestão e profissionais, o objetivo desse estudo foi conhecer e analisar a percepção do cirurgião-dentista (CD) da Estratégia Saúde da Família (ESF) sobre a PNEPS. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo, transversal e observacional, com amostra composta por 173 CD atuantes nas Unidades de Atenção Primária em Saúde do Município de Fortaleza/CE. Os dados foram coletados por meio de questionário semiestruturado. Os dados categóricos foram expressos na forma de frequência absoluta e percentual, sendo analisados por meio do teste qui-quadrado. Avaliando o perfil socioeconômico, a maioria dos entrevistados foi do gênero feminino (74,6%), casado (72,8%), com renda média de 7 a 10 salários mínimos (49,1%). Quanto à PNEPS, 51,2% a conheciam parcialmente, sendo a Educação Permanente em Saúde (EPS) avaliada como regular por 48,8% e como boa por 33,3%. Destaca-se que a compreensão da EPS como fator contribuidor da formação profissional foi positiva para 97,7% dos entrevistados. Observou-se que maior participação nas atividades de EPS favorece a avaliação positiva da PNEPS. Essa política ainda é desconhecida por muitos CD da ESF. As atividades de EPS realizadas no município de Fortaleza são consideradas regulares pela maioria dos profissionais entrevistados. Visando avançar com a EPS, os participantes reforçam a importância das ações na perspectiva da reflexão pelo/no trabalho na atenção primária à Saúde, buscando mudanças no processo de trabalho em saúde e consequentemente a melhoria da atenção em saúde prestada à população.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Janaína Rocha de Sousa Almeida, Universidade Federal do Ceará Centro Universitário UNICHRISTUS

Doutora em Clínica Odontológica, Professora do curso de graduação em Odontologia do Centro Universitário Christus - UNICHRISTUS

Davi de Oliveira Bizerril

Doutor em Clínica Odontológica, Professor do curso de graduação em Odontologia da Universidade de Fortaleza - UNIFOR

Katia de Gois Holanda Saldanha

Mestre em Clínica Odontológica, Professora do curso de graduação em Odontologia do Centro Universitário Christus - UNICHRISTUS

Franklin Delano Soares Forte

– Doutor em Odontologia Preventiva e Social,  Professor do curso de graduação em Odontologia da Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Maria Eneide Leitão de Almeida

Doutora em Odontologia Preventiva e Social, Professora do curso de graduação em Odontologia da Universidade Federal do Ceará - UFC

Referências

Pinto ICM, Teixeira CE. Formulação da política de gestão do trabalho e da educação na saúde: o caso da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, Brasil, 2007-2008. Cad Saúde Pública. 2011; 27(9):1777-88.

Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988.

Montanha D, Peduzzi M. Educação permanente em enfermagem: levantamento de necessidades e resultados esperados segundo a concepção dos trabalhadores. Rev Esc Enferm USP. 2010; 44(3):597-604.

Peduzzi M, Guerra DAD, Braga CP, Lucena FS, Silva JAM. Atividades educativas de trabalhadores da atenção primária: concepções de educação permanente e de educação continuada em saúde presentes no cotidiano de Unidades Básicas de Saúde em São Paulo. Interface (Botucatu). 2009; 13(30):121-34.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n.198-GM, 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras providências. Brasília. Ministério da Saúde, 2004.

Ferraz F, Backes VMS, Mercado-Martinez FJ, Feuerwerker LCM, Lino MM. Gestão de recursos financeiros da educação permanente em saúde: desafio das comissões de integração ensino-serviço. Cien Saúde Colet. 2013; 18(6):1683-93.

Tronchin DMR, Mira VL, Peduzzi M, Ciampone MHT, et al. Educação permanente de profissionais de saúde em instituições públicas hospitalares. Rev Esc Enferm USP. 2009; 43(esp. 2):1210-5.

Freire P. Educação como prática da liberdade. 23ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1999.

Tesser CD, Garcia AV, Vendruscolo C, Argenta CE. Estratégia Saúde da Família e análise da realidade social: subsídios para políticas de promoção de saúde e educação permanente. Cienc Saúde Colet. 2011; 16(11):4295-306.

Frenck J, Chen L, Bhutta ZA, Crisp N, Evans T, Fineberg H. Health profissionals for a new century: transforming education to strengthen helth systems in an interdependent world. Lancet. 2010; 379: 1923-57.

Fortaleza. Secretaria Municipal de Saúde. Portaria nº. 160-2006. Institui o Sistema Municipal Saúde Escola. Fortaleza. 2006.

Ellery AEL, Bosi MLM, Loiola FA. Integração ensino, pesquisa e serviços em saúde: antecedentes e iniciativas. Saúde Soc. 2013; 22(1):187-98.

Rouquayrol MZ, Silva MGCR. Epidemiologia & saúde. 7ª. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013.

Matos IB, Toassi RFC, Oliveira MC. Profissões e ocupações de saúde e o processo de feminização: tendências e implicações. Athenea Digital. 2013; 13(2):239-44.

Bockmann FS, Motta BB, Camargo JM, Petry PC, Toassi RFC. O perfil do formando em Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e expectativas quanto a profissão, 2010-2011. RGO. 2014; 62(3): 267-74.

Miccas FL, Batista SHSS. Educação Permanente em Saúde: metassíntese. Rev Saúde Pública. 2014; 48(1):170-85.

Marin MJS, Gomes R, Marvulo MML, Primo EM, Barbosa PMK, Druzian S. Pós-graduação multiprofissional em saúde: resultados de experiências utilizando metodologias ativas. Interface (Botucatu). 2010; 14(33):331-44.

Simon E, Jezine E, Vasconcelos EM, Ribeiro KSQS. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem e educação popular: encontros e desencontros no contexto da formação dos profissionais de saúde. Interface (Botucatu). 2014; 18(12):1355-64.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 278, 27 de fevereiro de 2014. Brasília. 2014.

Nicoletto SCS, Mendonça FF, Brevilheri ECL, et al. Polos de educação permanente em saúde: uma análise da vivência dos atores sociais no norte do Paraná. Interface (Botucatu). 2009; 13(30):209-19.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n.1996-GM, 20 de agosto de 2007. Dispõe sobre as diretrizes para a implantação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União 2007; 22 ago.

Mendonça FF, Nunes EFPA, Garanhani ML, Gonzalez AD. Avaliação de tutores e facilitadores sobre o processo de formação de facilitadores de Educação Permanente em Saúde no município de Londrina, Paraná. Cien Saude Colet. 2010; 15(5):2593-602.

Carvalho BG, Turini B, Nunes EFPA, Bandeira IF, Barbosa PFA, Takao TS. Percepção dos médicos sobre o curso de facilitadores de educação permanente em saúde. Rev Bras Educ Méd. 2011, 35(1):132-41.

Lino MM, Backes VMS, Ferraz, F, et al. Educação permanente dos serviços públicos de saúde de Florianópolis. Trab Educ Saúde. 2009, 7(1): 115-36.

Gaspard J, Yang CM. Training needs assessment in health care professionals in a developing country: the example of Saint Lucia. BMC Medical Education. 2016; 16:112.

VanNieuwenborg L, Goossens M, De Lepeleire J, Schoenmakers B. Continuing medical education for general practiotioners: a practice format. Postgrad Med J. 2016; 92(1086): 217-22.

Thannhauser J, Russel-Mayhem S, Scott C. Measures of interprofessional education and collaboration. J Interprof Care. 2010; 24(4):336-49.

Publicado

13-10-2019

Como Citar

Almeida, J. R. de S., Bizerril, D. de O., Saldanha, K. de G. H., Forte, F. D. S., & Almeida, M. E. L. de. (2019). A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: percepção dos cirurgiões-dentistas da Atenção Primária à Saúde. Revista Da ABENO, 19(3), 13–25. https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v19i3.754

Edição

Seção

Artigos