Odontologia para pacientes com necessidades especiais
estruturação curricular nos cursos de Odontologia do estado do Rio Grande do Sul, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.30979/BrazJDentEduc.v25.2420Palavras-chave:
Pessoas com Deficiência, Assistência Odontológica, Educação em OdontologiaResumo
Pessoas com necessidades especiais (PNE) são as que apresentam limitações, temporárias ou permanentes, e que exigem atenção diferenciada. Esses indivíduos precisam de atendimento especializado e profissionais de saúde aptos para atendê-los. Deste modo, o ensino de Odontologia para o acolhimento com resolutividade terapêutica de PNE é essencial nos cursos de Odontologia. Esse estudo tem como objetivo apresentar o panorama do ensino de “Odontologia para Pessoas com Necessidades Especiais (OPNE)” nos currículos dos cursos de Odontologia do Rio Grande do Sul (RS), Brasil. A pesquisa foi realizada por meio de uma busca na internet no sítio eletrônico do Ministério de Educação e Cultura e nos sítios eletrônicos dos cursos de Odontologia de cada Instituição de Ensino Superior (IES). Cada curso - público ou privado, foi avaliado quanto à presença do ensino de OPNE; estruturação curricular - obrigatória; eletiva/optativa e projeto de extensão; metodologia oferecida - teórica e/ou prática; carga horária e nomenclatura utilizada. Verificou-se que o RS tem 23 IES com curso de graduação em Odontologia e 11 (47,8%) - duas públicas e nove privadas - apresentam ensino de OPNE. Quatro apresentam-se como obrigatória; cinco como eletiva/optativa e duas como projeto de extensão. Quanto ao processo pedagógico, nove apresentam o ensino na forma teórico/prático e duas somente teórico. Não existe uma padronização quanto à nomenclatura, carga horária e período/semestre em que a mesma é ofertada. A partir dos resultados obtidos pode-se inferir que, além da necessidade de expandir o ensino de OPNE nos cursos de graduação em Odontologia no RS, é preciso estabelecer diretrizes e protocolos para a estruturação de uma base comum de ensino e aprendizagem. Conclui-se, então, que há necessidade de maior conhecimento e capacitação acadêmica favorecendo a atenção odontológica e maior inclusão de PNE.