Conhecimento e conduta de estudantes de graduação em Odontologia a respeito da endocardite infecciosa
DOI:
https://doi.org/10.30979/BrazJDentEduc.v25.2422Palavras-chave:
Endocardite Bacteriana, Conhecimento, Estudantes de OdontologiaResumo
Propôs-se avaliar o conhecimento e a conduta de estudantes do último ano de graduação em Odontologia de uma Universidade privada de Curitiba, Paraná, Brasil, acerca da endocardite infecciosa (EI). A coleta de dados ocorreu de abril a junho de 2022, por meio de questionário autoaplicável que contemplava dados do estudante, condições de risco para desenvolvimento da EI, procedimentos odontológicos considerados de risco e condutas clínicas para a prevenção do agravo. Os dados foram analisados de forma descritiva no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 23.0. Participaram 42 estudantes, sendo 28 (66%) mulheres. A média de idade foi de 22,7 anos e os respondentes do turno da manhã foram 28 (68%). Houve 38 (90,5%) acertos quanto à definição de EI. A condição com mais indicações de antibioticoprofilaxia foi a endocardite prévia (n = 38; 90,5%), sendo a extração dentária o procedimento mais referenciado (n = 39; 92,8%). Quanto aos protocolos medicamentosos, destaca-se a falta de conhecimento acerca da prescrição para alérgicos a esta droga por 25 (59,5%) pesquisados. Também, 31 (73,8%) não souberam responder como atuar mediante pacientes que não podem fazer uso de medicação via oral. Concluiu-se que, em relação às condições sistêmicas em que a profilaxia deve ser feita e ao protocolo a ser seguido, o conhecimento foi insatisfatório. Assim ressalta-se a necessidade de ser dada mais ênfase para esta temática durante a graduação, para que os futuros cirurgiões-dentistas sejam capacitados a conduzir os casos de pacientes com alto risco para EI.