Avaliação da organização da demanda odontológica na estratégia saúde da família em um município no sul de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.30979/BrazJDentEduc.v25.2374Palavras-chave:
Saúde Pública, Odontologia Comunitária, Atenção Primária à Saúde, Gestão em SaúdeResumo
O presente estudo, de caráter descritivo e transversal, teve como objetivo analisar a forma de organização da demanda odontológica na Estratégia de Saúde da Família (ESF) em uma cidade localizada no sul de Minas Gerais, por meio de um questionário estruturado, autoaplicável, de forma presencial, pelos cirurgiões-dentistas que atuam nas equipes de Saúde Bucal deste município. O questionário avaliou dados demográficos dos participantes além de como é realizado o acolhimento dos pacientes até o encaminhamento deles. Dos onze profissionais odontólogos entrevistados tinham idade média de 33,09 anos e 82% eram mulheres. Foi visto que, em relação ao acolhimento, 54,5% são realizados pelo cirurgião-dentista (CD) e auxiliar de saúde bucal (ASB) conjuntamente, 27,2% somente pelo CD e 18,1% apenas pela ASB. Em relação ao planejamento das ações, 72,7% são planejadas em conjunto com a ESF e 27,3% somente pelo cirurgião-dentista e ASB. Grande parte (82%) das unidades não realizam a classificação de risco familiar e individual bem como relataram não haver referenciamento. Apenas 45% das unidades apresentam horário para educação permanente e disponibilizam um período do dia para caso apareça casos de atendimento de urgência em que uma média de 7,09 pacientes são agendados. Entretanto, todas as equipes trabalham com agenda semanal pré-definida. Conclui-se que, embora muitas das unidades tem as equipes de saúde bucal trabalhando em parceria com as ESF, as unidades avaliadas não seguem uma padronização na organização da demanda odontológica. Além disso, observa-se uma participação ativa do cirurgião-dentista na elaboração das estratégias para organização da demanda neste local.