Cárie dentária em escolares que buscam atendimento em uma clínica odontológica universitária no sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.30979/BrazJDentEduc.v25.2376Palavras-chave:
Cárie Dentária, Criança, Estudo ObservacionalResumo
O objetivo do estudo foi avaliar a presença, severidade e consequências de lesões de cárie dentária (LCD) em escolares atendidos na clínica odontopediátrica de uma universidade pública. Foram incluídas crianças de 8 a 11 anos. Para avaliação das LCD usou-se o International Caries Detection and Assessment System (ICDAS). Classificou-se o paciente quanto à severidade em: sem cárie (superfícies hígidas); estágio inicial: pelo menos uma superfície com mancha branca; estágio moderado: pelo menos uma superfície com lesão cavitada limitada ao nível de esmalte ou com aparência de sombreamento da dentina subjacente; e estágio avançado: pelo menos uma superfície com cavitação e exposição de dentina. O paciente com pelo menos uma superfície com atividade de LCD foi classificado com atividade de cárie. O índice PUFA (envolvimento pulpar, úlcera devido a fragmentos de raízes, fístula e abscesso) foi coletado. Foi realizada análise estatística descritiva e utilizado o teste Exato de Fisher para analisar a associação da severidade com atividade de cárie. Do total de 119 pacientes incluídos, n=9 (7,6%) estavam livres de LCD, grande parte tinha LCD no seu estágio mais severo n (39,5%). Dentre os que tinham lesão de LCD, 57 (47,9%) tinham algum dente restaurado, 8 (6,7%) algum dente perdido por LCD e n (65,4%) tinham lesões ativas. A prevalência do índice PUFA foi 5,9%. Também se verificou que as lesões ativas estavam mais concentradas às crianças com maior severidade. O perfil de pacientes que buscam atendimento odontológico nessa instituição é de crianças com alto índice de cárie dentária e em estágio avançado.