Avaliação da usabilidade do Prontuário Eletrônico do Paciente utilizado no centro odontológico de uma instituição de ensino superior
DOI:
https://doi.org/10.30979/BrazJDentEduc.v25.2458Palavras-chave:
Registros Eletrônicos em Saúde, Design Centrado no Usuário, Informática Médica, Avaliação da Tecnologia BiomédicaResumo
O prontuário é uma ferramenta essencial para o acompanhamento de um paciente no atendimento odontológico. O presente estudo teve como objetivo avaliar a usabilidade do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) usado na clínica-escola do Curso de Odontologia de uma instituição de ensino superior. Participaram da pesquisa 106 colaboradores, docentes e alunos usuários do PEP, que responderam a um questionário eletrônico contendo as perguntas de um instrumento de avaliação validado na literatura. O System Usability Scale (SUS) foi o instrumento utilizado para avaliar a facilidade de uso do programa SMART Consultório Médico Pixeon, segundo a escala específica de usabilidade. Além disso, foi realizada a caracterização demográfica e descritiva do perfil do usuário. Os dados coletados foram submetidos à análise estatística de normalidade da distribuição, comparação por ANOVA e correlação de Pearson, considerando como significância p≤0,05. Os resultados mostraram um escore geral neutro, considerando a média de aceitabilidade entre todos os usuários. O programa foi considerado “Aceitável” por 20,75% dos participantes, “Neutro” por 44,34% e “Não Aceitável” por 34,91%, segundo o escore da escala SUS. Não houve diferenças estatísticas entre docentes e estudantes. As correlações apontam baixa aceitabilidade entre os indivíduos com dificuldades com os recursos de informática. Pode-se concluir que o prontuário eletrônico do paciente é um recurso útil entre usuários, mas o estudo aponta uma necessidade de treinamento direcionado para determinados grupos e modificações na interface de usuário.
Referências
Massad E, Marin HF, Azevedo Neto RS. O prontuário eletrônico do paciente na assistência, informação e conhecimento médico. [Internet]. São Paulo; 2003 [cited 2024 Mar 27]. Available from: https://www.sbis.org.br/biblioteca_virtual/prontuario.pdf
Dalianis H. Clinical Text Mining [Internet]. Clinical Text Mining. Springer International Publishing; 2018. 1–4 p [cited 2024 Mar 27]. Available from: http://link.springer.com/10.1007/978-3-319-78503-5
Ministério da Saúde. O que é prontuário eletrônico [Internet]. Ministério da Saúde [cited 2024 Marc 4]. Available from: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/informatiza-aps/prontuario-eletronico
Walji MF. Electronic health records and data quality. J Dent Educ [Internet]. 2019;83(3):263-264. doi: https://doi.org/10.21815/JDE.019.034
Brasil. Conselho Federal de Odontologia. Resolução CFO-118/2012. Código de Ética Odontológica [Internet]. 2012 [cited 2024 Mar 27]. Disponível em http://www.cfo.org.br
Rovida TAS, Garbin CAS. Noções de odontologia legal e bioética. Série ABENO. São Paulo: Artes Médicas Editora, 2013.
Reid KI. Informed Consent in Dentistry. J Law Med Ethics [Internet]. 2017;45(1):77-94. doi: https://doi.org/10.1177/1073110517703102
Adibi S, Li M, Salazar N, Seferovic D, Kookal K, Holland JN, et al. Medical and dental electronic health record reporting discrepancies in integrated patient care. JDR Clin Trans Res [Internet]. 2020;5(3):278-283. doi: https://doi.org/10.1177/2380084419879387
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISSO 9241. Ergonomia da interação humano-sistema - Parte 210: Projeto centrado no ser humano para sistemas interativos. ABNT; 2011. p. 1–38.
Barbosa SDJ, Silva BS. Interação Humano-Computador. Rio de Janeiro: Elsevier; 2010.
Abuabara A, Nascimento TVPM, Lima LG, Espindola MO, Araújo CM, Baratto-Filho F. Usabilidade e utilidade de um aplicativo sobre traumatismos dentários. Rev ABENO [Internet]. 2024;24(1):2203. doi: https://doi.org/10.30979/revabeno.v24i1.2203
Kossman SP, Scheidenhelm SL. Nurses' perceptions of the impact of electronic health records on work and patient outcomes. Comput Inform Nurs [Internet]. 2008;26(2):69-77. doi: https://doi.org/10.1097/01.NCN.0000304775.40531.67
Jordan PW, Thomas B, Weedmeester BA, McClelland IL. Usability evaluation in industry. Londres: Taylor and Francis; 1996. p. 189–94.
Barros M. Guia atualizado de como utilizar a escala SUS (System Usability Scale) no seu produto [Internet]. UX Collective BR; 2022 [cited 2024 Mar 27]. Available from: https://brasil.uxdesign.cc/guia-atualizado-de-como-utilizar-a-escala-sus-system-usability-scale-no-seu-produto-ab773f29c522
Sauro J. 5 ways to interpret a SUS Score [Internet]. Measuring U; 2018 [cited 2024 Mar 27]. Available from: https://measuringu.com/interpret-sus-score
Brasil. Presidência da República. Subsecretaria Geral para Assuntos Jurídicos. Lei Nº 13.787/2018. 1th. Brasília; 2018.
Friesen EL. Measuring AT usability with the modified System Usability Scale (SUS). Stud Health Technol Inform [Internet]. 2017;242:137-143.
Bloom BM, Pott J, Thomas S, Gaunt DR, Hughes TC. Usability of electronic health record systems in UK EDs. Emerg Med J [Internet]. 2021;38(6):410–5. doi: https://doi.org/10.1136/emermed-2020-210401
Isaacs KR, Bajracharya E, Taylor S, Chang K, Washio Y, Parker T, et al. Usability and acceptability testing of a Plan of Safe Care in a mobile health platform. Front Psychiatry [Internet]. 2023;14:1182630. doi: https://doi.org/10.3389/fpsyt.2023.1182630
Deshmukh AM, Chalmeta R. Validation of system usability scale as a usability metric to evaluate voice user interfaces. PeerJ Comput Sci [Internet]. 2024;10:e1918. doi: https://doi.org/10.7717/peerj-cs.1918
Hasenböhler A, Denes L, Blanstier N, Dehove H, Hamouche N, Beer S, et al. Development of an Innovative Online Dietary Assessment Tool for France: Adaptation of myfood24. Nutrients [Internet]. 2022;14(13):2681. doi: https://doi.org/10.3390/nu14132681
Seinsche J, Bruin ED, Saibene E, Rizzo F, Carpinella I, Ferrarin M, et al. A newly developed exergame-based telerehabilitation system for older adults: usability and technology acceptance study. JMIR Hum Factors [Internet]. 2023;10:e48845. doi: https://doi.org/10.2196/48845
Lefchak B, Bostwick S, Rossetti S, Shen K, Ancker J, Cato K, et al. Assessing usability and ambulatory clinical staff satisfaction with two electronic health records. Appl Clin Inform [Internet]. 2023;14(3):494-502. doi: https://doi.org/10.1055/a-2074-1665
Khairat S, Coleman C, Ottmar P, Bice T, Carson SS. Evaluation of physicians' electronic health records experience using actual and perceived measures. Perspect Health Inf Manag [Internet]. 2022;19(1):1k.
Lane M, Coleman P. Technology ease of use through social networking media. J Technol Res. 2012;3:1-12.
Melnick ER, Dyrbye LN, Sinsky CA, Trockel M, West CP, Nedelec L, et al. The association between perceived electronic health record usability and professional burnout among US physicians. Mayo Clin Proc [Internet]. 2020;95(3):476–87. https://doi.org/10.1016/j.mayocp.2019.09.024
Koppel R, Metlay JP, Cohen A, Abaluck B, Localio AR, Kimmel SE, Strom BL. Role of computerized physician order entry systems in facilitating medication errors. JAMA [Internet]. 2005;9;293(10):1197-203. doi: https://doi.org/10.1001/jama.293.10.1197