Introdução de instrumentos rotários de níquel titânio para alunos de graduação

quatro anos de experiência clínica

Resumo

Muitos estudos abordam a qualidade dos tratamentos de canal radicular, mas poucos se referem à endodontia por meio de técnicas rotatórias realizada por operadores novatos. Este estudo avaliou o desempenho de graduandos no primeiro contato com a instrumentação endodôntica em relação aos achados da radiografia periapical final e à dor pós-tratamento endodôntico. Um estudo observacional longitudinal foi realizado em radiografias periapicais de 491 dentes de 450 pacientes submetidos a tratamento endodôntico por estudantes de graduação no período de 2015 a 2018. A análise do comprimento da obturação de canais radiculares obedeceu aos critérios: (i) aceitável, se a radiografia periapical apresentasse término de obturação 0 - 1 mm aquém do ápice radiográfico; (ii) acima, se a radiografia periapical apresentasse obturação que termina além do ápice radiográfico; e (iii) abaixo, se a radiografia periapical apresentasse obturação, terminando > 1 mm aquém do ápice radiográfico. A avaliação da dor pós-operatória foi categorizada em ausência ou presença de dor. A obturação de canais radiculares de comprimento adequado foi observada em 65,9% dos casos (324 dentes). A presença e as dimensões das lesões periapicais não interferiram na qualidade da obturação. Foi encontrada relação estatística entre a condição pulpar e a dor pós-tratamento endodôntico. Presença de dor foi observada em 4,7% dos dentes vitais e 0,3% dos não vitais. A presença de lesão periapical não influenciou na dor pós-operatória. O comprimento de trabalho adequado foi observado na maioria dos casos e a instrumentação rotatória NitTi teve aplicabilidade em programas de graduação, mesmo com operadores iniciantes. Além disso, a condição pulpar afetou a dor pós-operatória.