Prevalência de indivíduos cor-deficientes entre alunos de odontologia

Autores

  • Angela de Caroli Mestre em Dentística pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.
  • Glauco Fioranelli Vieira Professor Livre-Docente Associado de Dentística da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.
  • Carlos Alberto de Bragança Pereira Professor Titular do Departamento de Estatística do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v7i2.1389

Palavras-chave:

Cor. Educação em odontologia. Defeitos da visão cromática.

Resumo

O objetivo deste estudo foi identificar indivíduos deficientes para visão de cores, testando a acuidade visual dentre um grupo de estudantes de Odontologia, e comparar o resultado obtido com os resultados encontrados na literatura, considerando o prejuízo das discromatopsias congênitas para a Odontologia, especialmente na escolha da cor dental. Foram escolhidas seis cartas determinadas dentre as cartas da seqüência do Teste de Ishihara e essas foram apresentadas como seis “slides” para 308 indivíduos, alunos de Odontologia. Durante a apresentação, o indivíduo preenchia um formulário com suas informações pessoais e a leitura da carta que estava vendo. O Teste de Ishihara é um teste de leitura de placas pseudo-isocromáticas usado para identificar indivíduos com discromatopsias congênitas; e é o mais usado dos testes para esse fim. Trezentos e oito indivíduos foram avaliados. Desses, 121 (39,3%) eram homens e 187 (60,7%) eram mulheres, com idades entre 19 e 37 anos. Do total, 13 (4,2%) foram considerados indivíduos cor-deficientes: 8 (6,6%) homens e 5 (2,6%) mulheres. Após a análise estatística, pudemos afirmar que, com 95% de probabilidade, a proporção real de homens cor-deficientes está no intervalo de 3,14% a 12,16%; e a proporção real de mulheres cor-deficientes está no intervalo de 0,96% a 5,68%. Rejeitamos a hipótese de que a população feminina deste estudo está de acordo com a encontrada na literatura. Por outro lado, a população masculina deste estudo parece estar de acordo com os achados da literatura.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Alves AA, Alves LA. Discromatopsias. In: Alves AA. Refração. 3a ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica - Biblioteca Brasileira de Oftalmologia; 1999. p. 427-39.

Barnna GJ, Taylor JW, King GE, Pelleu Jr GB. The influence of selected light intensities on color perception within the color range of natural teeth. J Prosthet Dent. 1981;46(4):450-3.

Crépy P, Maille M. Physiologie, examen clinique et pathologie de la vision des couleurs. In: Encyclopédie médico-chirurgicale. Paris: [s.n.]; 1977. p. 21-030-B-10.

Davison SP, Myslinski NR. Shade selection by color vision defective dental personnel. J Prosthet Dent. 1990;63(1):97-101.

Ganong WF. Manual de fisiología médica. México: El Manual Moderno; 1966.

Hegenbarth EA. Sistema prático de seleção de cores em cerâmica. Trad. de Sérgio Lian B. Martins. São Paulo: Quintessence; 1992.

Ishihara S. The series of plates designed as a test for colourblindness. Tokyo: Kanehara Shuppan; 1960.

Lolato MTMO, Bonfante G. Seleção de cor em porcelana. Rev Cien Odontol. 1998;1(1):81-7.

Madruga MR, Pereira CAB, Stern JM. Bayeseian evidence test for precise hypotheses. J Stat Plan Inference. 2003;117:185-98.

Mc Maugh DR. A comparative analysis of the colour matching ability of dentists, dental students, and ceramic technicians. Aust Dent J. 1977;3:165-7.

Saleski CG. Color, light, and shade matching. J Prosthet Dent. 1972;27(3):263-8.

Sproull RC. Color matching in dentistry. Part III. Color control. J Prosthet Dent. 1974;31(2):146-54.

Touati B, Miara P, Nathanson D. Transmissão de luz e cor. In: Touati B. Odontologia estética e restaurações cerâmicas. Trad. de Sérgio Lian B. Martins. São Paulo: Santos; 2000. p. 39-60.

Wasson W, Schuman N. Color vision and dentistry. Quintessence Int. 1992;23(5):349-53.

Downloads

Publicado

29-01-2007

Como Citar

de Caroli, A., Vieira, G. F., & de Bragança Pereira, C. A. (2007). Prevalência de indivíduos cor-deficientes entre alunos de odontologia. Revista Da ABENO, 7(2), 117–121. https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v7i2.1389

Edição

Seção

Artigos