Do ensino presencial ao ensino remoto emergencial

o impacto da COVID-19 na estratégia de ensino aprendizagem de um estágio curricular supervisionado

Autores

  • Alidianne Fábia Cabral Cavalcanti Universidade Estadual da Paraíba
  • Maria Carolina Valdivino Universidade Estadual da Paraíba
  • Renata Cardoso Rocha Universidade Estadual da Paraíba
  • Rilva Suely de Castro Universidade Estadual da Paraíba
  • Cassandra Lima Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande
  • Sérgio Dávila Universidade Estadual da Paraíba
  • Alessandro Cavalcanti Universidade Estadual da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.30979/revabeno.v22i2.1655

Palavras-chave:

Educação em Odontologia, Atenção Primária à Saúde, Educação em Saúde, Estágio Clínico

Resumo

O objetivo do presente estudo é apresentar um relato de experiência relacionado às mudanças impostas pela COVID-19 na dinâmica de funcionamento de um estágio supervisionado em uma instituição pública do estado da Paraíba. No período que antecedeu a pandemia, ainda estavam sendo implementadas as determinações propostas no Projeto Pedagógico instituído em 2016, o qual estabeleceu um novo paradigma para definição das atividades curriculares, sobretudo daquelas relacionadas ao estágio supervisionado. Das 480h destinadas às atividades em ambientes extramuros, 37,5% deveriam ocorrer no âmbito da Atenção Primária à Saúde. Desse modo, para o Estágio na Estratégia Saúde da Família II, ficou estabelecido para o semestre 2021.1, a retomada de forma remota. Criou-se o "Ambulatório Virtual Conexão Odonto", um espaço virtual para o compartilhamento de casos clínicos, representando situações fictícias, mas elaborados a partir da experiência clínica do corpo docente e condizentes com situações reais vivenciadas no âmbito da APS. Doze situações clínicas, que envolveram distintos níveis de complexidade e retrataram condições que acometeram usuários de diferentes idades e condições de vida foram trabalhadas. Constatou-se que a experiência, apesar de desafiadora, foi exitosa, pois o ensino remoto emergencial foi capaz de despertar em cada um dos envolvidos a necessidade de superar esse novo modelo de ensino. O fluxo de mudanças promoveu a inclusão de ferramentas digitais que contribuíram com a ampliação e/ou reconstrução do saber, tudo isso, sem distanciamento da prática de incentivo ao raciocínio crítico e autonomia do corpo discente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alidianne Fábia Cabral Cavalcanti, Universidade Estadual da Paraíba

Professora Adjunta, Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual da Paraíba.

Maria Carolina Valdivino, Universidade Estadual da Paraíba

Estudante, Curso de Odontologia, Universidade Estadual da Paraíba.

Renata Cardoso Rocha, Universidade Estadual da Paraíba

Professora Adjunta, Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual da Paraíba.

Rilva Suely de Castro, Universidade Estadual da Paraíba

Professora Adjunta, Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual da Paraíba.

Cassandra Lima , Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande

Coordenadora Municipal de Saúde Bucal, Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande.

Sérgio Dávila, Universidade Estadual da Paraíba

Professor Associado, Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual da Paraíba.

Alessandro Cavalcanti, Universidade Estadual da Paraíba

Professor Associado, Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual da Paraíba

Referências

Organização Mundial da Saúde. Declaração de Alma-Ata. In: Conferência Internacional sobre cuidados Primários de Saúde, 1978. [Acesso em 15 jun 2021]. Disponível em: https://opas.org.br/declaracao-de-alma-ata/.

Starfield B, Shi L, Macinko J. Contribution of primary care to health systems and health. Milbank Q. 2005; 83(3):457-502.

Pinto LF, Hartz ZMA. Primary care experiences in 25 years of Journal Ciência & Saúde Coletiva: a review of the scientific literature. Ciênc Saúde Colet. 2020; 25(12):4917-32.

Macinko J, Harris MJ. Brazil’s Family Health Strategy - Delivering CommunityBased Primary Care in a Universal Health System. N Engl J Med. 2015; 372(23):2177-81.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria Nº 3.566, de 19 de dezembro de 2019. Fixa o quantitativo de equipes de Saúde de Família e equipe Saúde Bucal composta por profissionais com carga horária individual de 40 horas semanais e estabelece regra transitória para às equipes de Saúde da Família com as tipologias I, II, III, IV e V (Transitória). Brasília: Ministério da Saúde, 2019.

Dunlop C, Howe A, Li D, Allen LN. The coronavirus outbreak: the central role of primary care in emergency preparedness and response. BJGP Open. 2020; 4(1):bjgpopen20X101041.

World Health Organization (WHO). Primary health care and health emergencies. Geneva: World Health Organization (Technical series on primary health care).13p, 2018.

Daumas RP, Silva GA, Tasca R, Leite IC, Brasil P, Greco DB, Grabois V, Campos GWS. The role of primary care in the Brazilian healthcare system: limits and possibilities for fighting COVID-19. Cad. Saúde Pública. 2020; 36(6):e00104120.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria Nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Brasil. Ministério da saúde. Secretaria de atenção à saúde. Departamento de atenção básica. Coordenação nacional de saúde bucal. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal, 2004, 16p.

Carletto AF, Santos FF. A atuação do dentista de família na pandemia do Covid19:o cenário do Rio de Janeiro. Physis. 2020; 30(3):e300310.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Orientações para serviços de saúde: Medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) –Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04, de 08 de maio de 2020. [Acesso em 15 jun 2021]. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+T%C3%A9cnica+n+04-2020+GVIMS-GGTES ANVISA/ab598660-3de4-4f14-8e6f-b9341c196b28.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Guia de orientações para atenção odontológica no contexto da Covid19. Brasília, 2020. 86p.

Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Histórico. [Acesso em 15 jun 2021]. Disponível em: https://www.uepb.edu.br/auepb/historico/.

Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Projeto Pedagógico de Curso – Odontologia/Campus I, UEPB, 2016, 155p.

Brasil. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 3, de 19 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia. Brasil, 2002.

Roselino PL, Damasceno JL, Figueiredo, GLA. Saúde bucal na atenção primária à saúde: articulações entre o ensino e a estratégia de saúde da família. Rev Odontol. UNESP. 2019; 48:e20190081.

Brasil. Lei Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Brasília, 2008.

Brito LNS, Lucas RCC, Andrade FF, Beserra YA, Lucas RSCC, Renata Rocha Cardoso Madruga RRC, Soares GB. Espaços promotores de saúde na Atenção Básica: a experiência dos graduandos de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba. Rev ABENO. 2021; 21(1):1-13.

Brasil. Ministério da Educação. Cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior. Brasil, 2021. [Acesso em 15 jun 2021]. Disponível em: https://emec.mec.gov.br.

Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). RESOLUÇÃO/UEPB/CONSEPE/068/201. Aprova o Regimento dos Cursos de Graduação da UEPB, e dá outras providências. UEPB, 2015, 43p.

Brasil. Ministério da Saúde. Carteira de Serviços da Atenção Primária à Saúde (CaSAPS), Ministério da saúde – Brasil. Brasília, 2019. 80p.

World Health Organization (WHO). WHO characterizes COVID-19 as a pandemic. [Acesso em 15 jun 2021]. Disponível em: https://www.paho.org/pt/news/11-3-2020-who-characterizes-covid-19-pandemic.

Chang TY, Hong G, Paganelli C, Phantumvanit P, Chang WJ, Shieh YS, Hsu ML. Innovation of dental education during COVID-19 pandemic. J Dent Sci. 2021; 16(1):15-20.

Hung M, Licari FW, Hon ES, Lauren E, Su S, Birmingham WC, Wadsworth LL, Lassetter JH, Graff TC, Harman W, Carroll WB, Lipsky MS. In an era of uncertainty: Impact of COVID-19 on dental education. J Dent Educ. 2021;85:148-156.

Brasil. Conselho Federal de Odontologia (CFO). Recomendações AMIB/CFO para atendimento odontológico Covid-19: Comitê de Odontologia AMIB/CFO de enfrentamento ao COVID-19 – 3ª Atualização 22/06/2020. Brasília: Conselho Federal de Odontologia, 2020. [Acesso em15 jun 2021]. Disponível em: https://www.amib.org.br/fileadmin/user_upl oad/amib/2020/junho/22/220620Recomendacoes_AMIB_CFO_para_atendimento_odontologico_COVID-19.pdf.

Okuyama HCHY, Aguilar-da-Silva RH. Gestão do cuidado em Odontologia: limites e potencialidades das ações na Estratégia Saúde da Família. Rev ABENO. 2017: 17(4): 133-43.

Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). RESOLUÇÃO/UEPB/CONSEPE/0229/202 0. Estabelece normas para a = realização de componentes curriculares, bem como outras atividades de ensino e aprendizagem, orientação, pesquisa e extensão, por meio de atuação não presencial, na graduação, pósgraduação e no ensino médio/técnico, excepcionalmente durante o período de suspensão das atividades acadêmicas presenciais, por causa da pandemia da COVID- 19; altera o Calendário Acadêmico 2020.1 e dá outras providências. Campina Grande, 2020. 13p.

Publicado

27-01-2022

Como Citar

Cavalcanti, A. F. C., Soares, M. C. V., Madruga, R. C. R., Lucas, R. S. de C. C., Gomes, C. L. ., Cavalcanti, S. D. L. B., & Cavalcanti, A. L. (2022). Do ensino presencial ao ensino remoto emergencial: o impacto da COVID-19 na estratégia de ensino aprendizagem de um estágio curricular supervisionado. Revista Da ABENO, 22(2), 1655. https://doi.org/10.30979/revabeno.v22i2.1655

Edição

Seção

Formação no SUS: integração da saúde coletiva com a clínica