Análise do financiamento de pesquisas em Endodontia apresentadas nas reuniões anuais da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica
revisão bibliométrica
DOI:
https://doi.org/10.30979/revabeno.v23i1.1919Palavras-chave:
Endodontia, Financiamento da Pesquisa, Educação de Pós-Graduação em OdontologiaResumo
O objetivo deste estudo foi realizar uma análise bibliométrica da produção científica em Endodontia apresentada nas reuniões anuais da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO), avaliando suas principais fontes de financiamento. Foi realizado um estudo observacional retrospectivo analisando os resumos publicados nos anais da SBPqO em um período de 10 anos (2011 a 2021), em todas as categorias. Para a coleta de dados foram utilizadas as palavras-chave “Endodontia”, “canal radicular”, “tratamento endodôntico”, “forame apical” e “polpa dental”. A extração dos dados foi realizada por dois avaliadores independentes, que identificaram 2534 resumos. Com relação à distribuição de financiamento, foi possível observar que 33,93 % (n=860) dos estudos foram financiados. Dentre as agências de fomento que mais financiaram foram a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) (n=211; 24,53%) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) (n=163; 18,95%), que são instituições de financiamento nacionais. Ao analisar a distribuição geográfica dos financiamentos observou-se que o Sudeste deteve 72,45% (n=270), sendo o estado de São Paulo o que mais recebeu incentivo (56,68%, n=211). A região Norte foi a que recebeu menor número de financiamentos. Na análise proporcional (quantidade de trabalhos financiados e presença de Programas de Pós-graduação em Odontologia por região), o Sudeste apresentou 3,87 financiamentos por programa . Durante a década avaliada, as pesquisas na área de Endodontia apresentadas na SBPqO aumentaram até 2018 e, em seguida, decresceram. A maioria das pesquisas se concentrou na área temática de materiais endodônticos.
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