Estágios curriculares no SUS: experiências da Faculdade de Odontologia da UFRGS
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v11i2.66Palavras-chave:
Ensino. Educação. Estágio. Atenção primária à saúde. Saúde bucal. Extensão comunitária.Resumo
Um dos objetivos principais das propostas de mudança de paradigma no ensino odontológico do país tem sido o de conformar o perfil profissional do cirurgião-dentista de modo a torná-lo mais ajustado às exigências ditadas pelo Sistema Único de Saúde. Mas esse é um modelo de formação incipiente e que ainda carece de consensos em torno do modo como formar esses profissionais. O objetivo deste artigo é descrever e avaliar processos pedagógicos, técnicos e
políticos produzidos no percurso de implantação dos estágios curriculares de odontologia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, apontando aspectos envolvidos nas experiências de reorientação da formação do cirurgião-dentista para sua atuação no Sistema Único de Saúde. Foram analisadas produções escritas e depoimentos de docentes, documentos e relatórios institucionais e pesquisas escolares. As redes de atenção e ensino em saúde bucal encontram-se em processo de estruturação, desafios precisam ser superados: expansão
limitada da atenção primária à saúde e, consequentemente, dos campos de estágios; necessidade de avanços nas discussões sobre o papel, atribuições e institucionalizações do preceptor/trabalhador e do tutor/docente; as incompreensões, ainda persistentes, a respeito dos estágios, tanto na instituição de ensino superior como na gestão e nos serviços do SUS; questões de financiamento; discurso hegemônico da
clínica liberal-privatista e seus reflexos no embate constante entre tutores/preceptores e discentes; limites impostos pelo desenho fragmentado da rede de atenção em saúde.
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