Prevalência de trauma dental em crianças e adolescentes atendidos no NEPTI da FOUFBA
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v19i2.871Palavras-chave:
Relações Comunidade-Instituição. Educação Superior. Epidemiologia. Traumatismos dentários.Resumo
A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão é almejável para a oferta do ensino odontológico de qualidade. O estudo teve por objetivo determinar o perfil dos pacientes atendidos no Núcleo de Extensão/Pesquisa em Trauma Dental na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia. A pesquisa foi realizada com 86 pacientes de ambos os sexos, com idade entre 0 e 14 anos, apresentando lesões alvéolo-dentárias. Dois indivíduos já haviam sido atendidos anteriormente, retornando com novo trauma, totalizando 88 episódios de traumatismos. Os dados foram coletados de março de 2016 a janeiro de 2018 e as variáveis avaliadas foram idade e sexo do paciente, dentes afetados, tipo, etiologia, classificação e local onde ocorreu o trauma. Dos 86 pacientes 58,1% eram meninos e 41,9% meninas, com idades variando entre 1 e 14 anos, com média de 5,5 (± 3,7) anos. Na maioria dos casos um dente foi afetado e os incisivos centrais superiores foram os mais atingidos. Nos dentes decíduos a subluxação foi o trauma mais frequente nos tecidos de suporte e a fratura coronária com exposição pulpar nos tecidos dentais. Nos dentes permanentes a avulsão foi o trauma mais frequente nos tecidos de suporte e as fraturas do esmalte e da dentina nos tecidos dentários. Foi possível caracterizar o perfil dos pacientes que foram tratados com lesões dentárias no projeto, permitindo aos cirurgiões-dentistas conhecer a população de risco da região, as principais causas e os traumas mais frequentes.
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