Reparo de restaurações defeituosas de resina composta em dentes decíduos: tendência atual nos cursos de graduação em Odontologia do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v20i1.1046Palavras-chave:
Falha de Restauração Dentária. Ensino Odontológico. Odontopediatria. Estudantes de Odontologia.Resumo
Este estudo investigou o ensino do reparo de restauração direta de resina composta em dentes decíduos nos cursos de graduação em Odontologia no Brasil. Um questionário referente a este tópico foi desenvolvido e enviado por e-mail para 205 cursos de Odontologia entre maio e setembro de 2019. Os dados obtidos foram analisados descritivamente. A taxa de resposta foi de 43,4% e dos cursos respondentes, 82% incluíram esse tópico em seu currículo. As duas razões mais comumente relatadas para o ensino do reparo de restaurações de resina composta foram preservação da estrutura dentária (95,9%) e redução do risco de complicações pulpares (71,2%). No que diz respeito ao protocolo para reparo, poucos instituições (24,7%) ensinaram o desgaste mecânico da porção da resina a ser reparada com pontas diamantadas. Por outro lado, o condicionamento com ácido fosfórico da superfície preparada foi recomendado por 87,7% das instituições e 76,7% indicaram aplicação de adesivo na superfície preparada. O material mais comumente ensinado para reparo foi resina composta convencional. O ensino do reparo de restaurações de resina composta com falhas foi estabelecido dentro do currículo dos cursos de graduação em Odontologia no Brasil. No entanto, não há consenso sobre o protocolo clínico para reparo.
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