Conhecimento e aprendizagem – a atualidade de Paulo Freire
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v7i1.1409Palavras-chave:
Educação. Aprendizagem. Ensino. ConhecimentoResumo
Este texto buscou desenhar alguns traços da polêmica em torno do conhecimento e da aprendizagem, com o objetivo de ressaltar seu sentido reconstrutivo político e com isto recuperar a tradição mais consolidada de Paulo Freire, em termos do sentido emancipatório de sua proposta: desfazer a condição de massa de manobra vivida pela grande maioria da população por causa de sua ignorância. O autor, apoiado na literatura relevante da área da educação e na análise que faz desta, discute o que é o conhecimento e os métodos e recursos de transmissão deste, condenando a didática reprodutiva instrucionista. Afirma que as medidas principais da aprendizagem devem ser o saber pensar e o aprender a aprender, que farão da escola o centro da mudança que levará a sociedade à era do conhecimento. Pondera ainda que não é tarefa fácil colocar as energias decisivas do conhecimento a serviço dos excluídos, mas que essa é a função principal da educação de teor político. Conclui que a pobreza política é fenômeno ainda mais grave do que a carência material, pois revela as entranhas da contradição dialética na história concreta, feita de minorias privilegiadas que exploram maiorias ignorantes.Downloads
Referências
Assmann H. Reencantar a educação – rumo à sociedade aprendente. Petrópolis: Vozes; 1998.
Becker F. Da ação à operação: o caminho da aprendizagem em J. Piaget e P. Freire. 2ª ed. Rio de Janeiro: DP&A Editora e Palmarinca; 1997.
Boff L. Saber cuidar – ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes; 1999.
Boschi RR. A arte da associação – política de base e democracia no Brasil. São Paulo: Vértice; 1987.
Bourdieu P. A economia das trocas lingüísticas. São Paulo: EDUSP; 1996a.
Bourdieu P. Razões práticas – sobre a teoria da ação. Campinas: Papirus; 1996b.
Brin D. The transparent society – will technology force us to choose between privacy and freedom? Massachusetts: Perseus Books; 1998.
Capra F. A teia da vida – uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix; 1997.
Casti JL. The Cambridge quintet – a work of scientific speculation. Massachusetts: Perseus Books; 1998.
Demo P. Cidadania menor – algumas indicações quantitativas de nossa pobreza política. Petrópolis: Vozes; 1992.
Demo P. Combate à pobreza – Desenvolvimento como oportunidade. Campinas: Autores Associados; 1997.
Demo P. Charme da exclusão social. Campinas: Autores Associados; 1998.
Demo P. A nova LDB – Ranços e avanços. Campinas: Papirus; 1999.
Demo P. Educação e desenvolvimento – mito e realidade de uma relação quase sempre fantasiosa. Campinas: Papirus; 1999.
Ferrés J. Televisão subliminar – socializando através de comunicações despercebidas. Porto Alegre: ARTMED; 1998.
Foucault M. A arqueologia do saber. Petrópolis: Vozes; 1971.
Foucault M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal; 1979.
Freitag B (org.). Piaget – 100 anos. São Paulo: Cortez; 1997.
Habermas J. Direito e democracia entre facticidade e validade I. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro; 1997a.
Habermas J. Direito e democracia entre facticidade e validade II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro; 1997b.
Harding S. Is science multicultural? Postcolonialisms, feminisms and epistemologies. Bloomington and Indianapolis: Indiana University Press; 1998.
Holland JH. Emergence – from chaos to order. Massachusetts: Helix Books; 1998.
Kerchner CT, Koppich JE, Weeres JG. United mind workers – unions and teaching in the knowledge society. San Francisco:
Jossey-Bass Publishers; 1997.
Lakoff G, Johnson M. Philosophy in the flesh – the embodied mind and its challenge to Western thought. New York: Basic Books; 1999.
Maturana H. Cognição, ciência e vida cotidiana. Organização de Magro C, Paredes V. Belo Horizonte: Humanitas/UFMG;2001.
Maturana H, Varela FJ. De máquinas y seres vivos – Autopoiesis: la organización de lo vivo. Santiango: Editorial Universitaria; 1994.
Morin E. La Méthode - l’humanité de l’humanité. L’identité humaine. Paris: Seuil; 2002.
Penrose R. Shadows of the mind – a search for the missing science of consciousness. New York: Oxford University Press;1994.
Portocarrero V (org.). Filosofia, história e sociologia das ciências – abordagens contemporâneas. Rio de Janeiro: Fiocruz; 1994.
Rancière J. O desentendimento – política e filosofia. Rio de Janeiro: Editora 34; 1996.
Rorty R. A filosofia e o espelho da natureza. Rio de Janeiro: Relume-Dumará; 1994.
Rushkoff D. Coercion – why we listen to what “they” say. New York: Riverhead Books; 1999.
Santos BS. Toward a new common sense – law, science and politics in the paradigmatic transition. New York: Routledge;1995.
Searle JR. O mistério da consciência. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 1998.
Sfez L. Crítica da comunicação. São Paulo: Loyola; 1994.
Varela FJ. Dormir, soñar, morir – nuevas conversaciones con el Dalai Lama. Santiago: Dolmen; 1999.
Varela FJ, Hayward JW (ed.). Un puente para dos miradas – conversaciones con el Dalai Lama sobre las ciencias de la mente. Santiago: Dolmen; 1999.
Varela FJ, Thompson E, Rosch E. The embodied mind cognitive science and human experience. Massachusetts: The MIT Press; 1997.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).