Saúde Coletiva nas estruturas curriculares dos cursos de Odontologia do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v6i1.1453Palavras-chave:
Educação em Odontologia. Currículo. Odontologia. Educação. Odontologia em saúde pública.Resumo
A área da Saúde Coletiva tem papel fundamental na formação do profissional com o perfil exigido pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Odontologia, implementadas em 2002. O objetivo da pesquisa foi analisar as características das disciplinas da área da saúde coletiva nos currículos dos cursos de Odontologia do País, no que se refere a carga horária, duração em semestres, nomenclatura, formato, metodologia de ensino e formas de avaliação. Foram enviadas correspondências para 123 cursos que tinham formado pelo menos uma turma até o ano de 2003, solicitando a estrutura curricular do curso e os planos de ensino das disciplinas. Cinqüenta cursos enviaram o material (40,65%). A carga horária destinada à saúde coletiva variou de 75 a 699 horas, sendo que 44,18% está na faixa de 200 a 324 horas. Os cursos pesquisados destinam de 1 a 8 semestres para a área, destacando-se a concentração em 2 e 3 semestres (20,93% cada) e em 4 semestres (27,91%). Odontologia Social e Preventiva foi a nomenclatura mais citada (30%) para designar a área da Saúde Coletiva. Todas as disciplinas são de caráter teórico-prático. As metodologias de ensino mais citadas foram aulas expositivas (100%) e seminários (71,88%). As formas de avaliação mais utilizadas foram prova escrita (100%) e prova prática (80%). Conclui-se para a maioria dos cursos que a carga horária da área é de 75 a 324 horas, ministradas de 2 a 4 semestres; a nomenclatura mais utilizada foi Odontologia Social e Preventiva; todas são de caráter teórico-prático; as metodologias de ensino mais citadas foram aulas expositivas e seminários; e, como forma de avaliação, a prova escrita e a prova prática foram as mais citadas nos planos de ensino.Downloads
Referências
Álvarez TB. La nueva formación odontológica y el compromiso social con las comunidades. Rev Bras Odontol Saúde Coletiva 2000;(nº esp):83-90.
Ayers CS, Abrams RA, McCunniff MD, Goldstein BR. A comparison of private and public dental students’ perceptions of extramural programming. J Dent Educ 2003;67(4):412-7.
Behrens MA. Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. In: Moran JM, Masetto MT, Behrens MA. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus; 2000. p. 67-132.
Brasil. Conselho Federal de Odontologia. Resolução CFO22/2001. Baixa Normas sobre anúncio e exercício das especialidades odontológicas e sobre cursos de especialização revogando as redações do Capítulo VIII, Título I; Capítulo I, II e III, Título III, das Normas aprovadas pela Resolução CFO-185/93, alterada pela Resolução CFO-198/95. [acesso em 2004 mar 20]. Disponível em: URL: http://www.cfo.org.br/default01.cfm.
Brasil. Ministério da Educação e Cultura. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CES 3/2002. Diário da União,
mar 2002. [acesso em 2003 jun 08]. Disponível em: URL: http://www.mec.gov.br/sesu/ftp/resolucao/03020odontologia.doc.
Brasil. Ministério da Educação e Cultura. Parecer CNE/CES nº 329/2004. Carga horária mínima dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial. [acesso em 2004 dez 01]. Disponível em: URL: http://www.abeno.org.br.
Brasil. Parecer nº 370, de 9 de julho de 1982. Proposta do novo currículo mínimo para o Curso de Graduação em Odontologia CCC. Documenta 1982;260:46-54.
Chaves MM. A odontologia no componente acadêmico dos projetos UNI. [acesso em 2003 out 12]. Disponível em: URL: http://www.ibiblio.org/taft/cedros/portugues/newsletter/n4/dentacde.html.
Chaves MM. Odontologia social. 3ª ed. São Paulo: Artes Médicas; 1986. 448 p.
Estrela C. Projeto de ensino. In: Estrela C. Metodologia científica: ensino e pesquisa em odontologia. São Paulo: Artes Médicas; 2001. p. 19-34.
Franco A. Metodologia de ensino: didática. Belo Horizonte: Lê; 1997. 88 p.
Gil AC. Métodos e técnicas de pesquisa social. 3ª ed. São Paulo: Atlas; 1991. 207 p.
Medeiros UV. Integração docente-assistencial em odontologia no Brasil. Educ Méd Salud 1991;25(2):126-37.
Moimaz SAS, Saliba NA, Garbin CAS, Zina LG, Furtado JF, Amorim JA. Serviço extramuro odontológico: impacto na formação profissional. Pesq Bras Odontoped Clin Integr 2004;4(1):53-7.
Narvai PC. Odontologia e saúde bucal coletiva. São Paulo: Hucitec; 1994. 113 p.
Paula LM, Bezerra ACB. A estrutura curricular dos cursos de odontologia no Brasil. Revista da ABENO 2003;3(1):7-14.
UNESCO. Declaração mundial sobre educação superior. Piracicaba: UNIMEP; 1998. 51 p.
Werneck MAF, Lucas SD. Estágio supervisionado em odontologia: uma experiência da integração ensino/serviço de saúde bucal. Arq Centro Estud Curso Odontol 1996;32(2):95-108.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).