Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais
uma análise das estruturas curriculares dos cursos de Odontologia da região Nordeste
DOI:
https://doi.org/10.30979/revabeno.v22i2.1533Palavras-chave:
Educação em Odontologia, Estudantes de Odontologia, Capacitação de Recursos Humanos em SaúdeResumo
O estudo objetivou analisar as estruturas curriculares dos cursos de Odontologia da região Nordeste e investigar a presença do componente curricular Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais (OPNE). Trata-se de um estudo seccional, descritivo e quantitativo. Os dados foram coletados entre junho e dezembro de 2020 no sítio eletrônico do Ministério da Educação (e-MEC) e nos portais das instituições de ensino identificadas, com análise das estruturas curriculares dos cursos. Havia 138 cursos de Odontologia autorizados e cadastrados na plataforma e destes, sete foram excluídos por ausência de portal atualizado ou por ainda não ter formado pelo menos uma turma. Dos 131 cursos de graduação em Odontologia analisados, verificou-se que 62 IES (47,30%) ofertavam o componente OPNE, dentre as quais 53 (40,50%) o ofertavam como componente obrigatório. O estado da Paraíba apresentou a maior frequência (n=13, 86,7%) de cursos que ofertam o componente curricular, enquanto o estado de Sergipe obteve a menor frequência (n=1, 16,7%). Conclui-se que o componente curricular OPNE é pouco ofertado nos cursos de graduação em Odontologia na região Nordeste, o que pode impactar diretamente na capacitação dos profissionais para prestar um melhor cuidado de saúde bucal para essa população.
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Referências
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