Indicadores de produção ambulatorial de Cursos de Odontologia do Brasil

Autores

  • Paula Mayumi Siqueira Universidade Estadual de Maringá
  • Josely Emiko Umeda Universidade Estadual de Maringá
  • Fabiana Scarparo Naufel Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Cinthia Pereira Machado Tabchoury Universidade Estadual de Campinas
  • Mitsue Fujimaki Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.30979/revabeno.v22i2.1610

Palavras-chave:

Sistemas de Informação, Educação Superior, Odontologia, Sistema Único de Saúde

Resumo

A formação do cirurgião-dentista generalista capaz de atuar em diferentes cenários de prática e exercer atividades na área de promoção a saúde, depende de um Projeto Político Pedagógico (PPP) alinhado às Diretrizes Curriculares Nacionais para cursos de Odontologia (DCNO). O objetivo deste estudo foi avaliar a produção clínica de alunos da graduação de cursos de Odontologia de Instituições de Ensino Superior (IES) públicas brasileiras, no período de 2014 a 2019, por meio da construção de indicadores de procedimentos odontológicos individuais e coletivos. Foram selecionadas por conveniência 8 IES das 5 regiões do Brasil e analisados os procedimentos odontológicos do SIA-SUS de 5 categorias: G1 (Ações de promoção e prevenção), G2 (Procedimentos com finalidade diagnóstica), G3: (Procedimentos clínicos), G4 (Procedimentos cirúrgicos) e G5 (Órteses e próteses). Os indicadores foram construídos considerando a produção anual e o número de vagas ofertadas pela IES. Observou-se grande variação nos valores médios dos indicadores de procedimentos entre as IES avaliadas. A IES B apresentou os maiores valores para G1 (1.511,4) e G3 (892,2), enquanto a IES E, valores inexistentes para G1 e G5. Embora houvesse carga horária no PPP de todas as IES para os grupos de procedimentos estudados, algumas não apresentaram valores registrados de produção nos G1 e G5. Conclui-se que houve uma alta variabilidade na produção clínica de alunos da graduação de curso de Odontologia vinculados ao SUS em procedimentos odontológicos individuais e coletivos, apontando para a necessidade de melhorias nos registros e no monitoramento desses indicadores para melhor formação dos futuros profissionais e qualificação dos serviços prestados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paula Mayumi Siqueira, Universidade Estadual de Maringá

Mestre em Odontologia Integrada, Universidade Estadual de Maringá.

Josely Emiko Umeda, Universidade Estadual de Maringá

Departamento de Odontologia, Universidade Estadual de Maringá.

Fabiana Scarparo Naufel, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

Cinthia Pereira Machado Tabchoury, Universidade Estadual de Campinas

Departamento de Biociências, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas.

Mitsue Fujimaki, Universidade Estadual de Maringá

Departamento de Odontologia, Universidade Estadual de Maringá.

Referências

Soares EF, Reis SCGB, Freire MCM. Características ideais do cirurgião- dentista na estratégia saúde da família. Trab Educ Saúde. 2014; 12(2): 327-41.

Batista KBC, Gonçalves OSJ. Formação dos profissionais de saúde para o SUS: significado e cuidado. Saúde Soc. 2011;20(4):884-49.

Garbin CAS, Saliba NA, Moimaz SAS, Santos KT. O papel das universidades na formação de profissionais na área da saúde. Rev ABENO. 2006; 6(1):6-10. 4. Feuerwerker LCM. Educação dos profissionais de saúde hoje - problemas, desafios, perspectivas e as propostas do Ministério da Saúde. Rev ABENO. 2003; 3(1):24-27.

Brasil. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CES 3, de 19 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia. [internet]. [Cited April 20, 2017]. Available from: http://portal. mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES032002.pdf.

Morita MC, Kriger L, Carvalho ACP, Haddad AE. Implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais em Odontologia. 2a ed. Maringá: Dental Press, Abeno, OPAS, MS; 2013.

Scavuzzi AIF, Gouveia CVD, Carcereri DL, Veeck EB, Ranali L, Costa LJ, et al. Revisão das Diretrizes da ABENO para a definição do Estágio Supervisionado Curricular nos cursos de Odontologia. Rev ABENO. 2015; 15(3):109-13.

Resolução CNE/CES 3/2021. Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Odontologia. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior. Diário Oficial da União, Brasília, 22 de junho de 2021, Seção 1, pp. 76 a 78

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria interministerial n° 1.646, de 5 de agosto de 2014. Institui o componente GraduaCEO - Brasil Sorridente, no âmbito da Política Nacional de Saúde Bucal, que irá compor a Rede de Atenção à Saúde (RAS), e dá outras providências [internet]. [Cited April 21, 2017]. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/pri1646_05_08_2014.html.

Barros SG, Chaves SCL. A utilização do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA-SUS) como instrumento para caracterização das ações de saúde bucal. 2003; Epidemiol Serv Saúde. 2003; 12(1): 41-51.

DATASUS - Departamento de Informática do SUS [internet]. Transferência/ Download de arquivos [Cited May 10, 2017]. Available from: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?.area=0901&item=1&acao=22&pad=31655

Conselho Federal de Odontologia [internet]. Faculdades de Odontologia por Estado [Cited June 20, 2017]. Available from: http://cfo.org.br/servicos-e-consultas/faculdades/.

SIGTAP - Sistema de Gerenciamento da tabela de procedimentos, medicamentos e OPM do SUS [internet]. Consulta de procedimentos. [Cited May 15, 2017]. Available from: http://sigtap.datasus.gov.br/tabela-unificada/app/sec/tabelas-operacionais.jsp.

Reis SCGB. Perfil, produtividade e eficiência em clínica integrada de ensino odontológico. [Tese de Doutorado]. Goiás. Universidade Federal de Goiás, 2011.

Thum MA, Baldisserotto J, Celeste RK. Utilização do e-SUS AB e fatores associados ao registro de procedimentos e consultas da atenção básica nos municípios brasileiros. Cad Saúde Pública. 2019; 35(2):e00029418.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. e-SUS Atenção Básica: Manual do Sistema com Coleta de Dados Simplificada: CDS - Versão 3.0 [intermet]. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria-Executiva. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. [Cited Oct 6, 2021]. Available from: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/Manual_CDS_3_0.pdf.

Guimarães FAF, Mello ALSF. Prestação de serviços odontológicos em Instituições Federais Públicas de Ensino Superior e a integração com a rede de atenção à saúde. Rev ABENO. 2017; 17(3):10-20.

Chaise R. Levantamento das condições de saúde bucal e necessidades de tratamento em pacientes não submetidos a atendimento prévio que se dirigiram ao setor de triagem da Faculdade de Odontologia da Universidade de Passo Fundo [Dissertação de Mestrado]. São Paulo. Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo, 2001.

Melo JC, Elias DC, Souza RD, Oliveira LR. Perfil dos pacientes atendidos na clínica odontológica da UNINCOR. Rev UniversVale Rio Verde. 2014; 12(1): 614-20.

Ceccim RB, Feuerwerker LCM. O quadrilátero da formação para a área da saúde: ensino, gestão, atenção e controle social. Rev Saúde Coletiva, 2004; 14(1):41-65.

Ferraz D. Diretrizes Curriculares Nacionais de Odontologia e análise dos Projetos Pedagógicos dos cursos do Estado de São Paulo. [Dissertação de Mestrado]. São Paulo. Universidade Federal de São Carlos, 2016.

Nakamura CC, Gonçalves DR, Castro RFM, Closs PS. Perfil dos pacientes atendidos na clínica odontológica da Faculdade São Lucas, Porto Velho - RO. Saber Científico Odontológico, 2010; 1(1): 42-52.

Brasil. Ministério da Saúde. SB Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal: Resultados principais. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

Barreto Júnior BD, Ferreira JM, Sena Filho M, Ferreira NP, Brandão NA, Florenzano S, Dantas TS, Rocha DG. Identificando

mecanismos de estimulação da integralidade da atenção em clínicas de ensino odontológico: o papel da mudança curricular. UNOPAR Cient Ciênc Biol Saúde, 2009; 11(2): 5-8.

Arruda WB, Siviero M, Soares MS, Costa CG, Tortamano IP. Clínica Integrada: o desafio da integração multidisciplinar em odontologia. RFO, 2009; 14(1): 51-5.

Moimaz SAS, Wakayama B, Garbin AJI, Garbin CAS, Saliba NA. Análise situacional do estágio curricular supervisionado nos cursos de graduação em Odontologia no Brasil: uma questão de interpretação. Rev ABENO. 2016; 16(4); 19-28.

Silva AP, Dutra LC, Martins YVM, Araújo HSP, Seabra EJG. Cobertura da atenção secundária em saúde bucal no Rio Grande do Norte (RN) à perspectiva do Decreto7508/2011 e do GraduaCEO. Rev ABENO. 2015; 15(2): 65-73.

Furtado KKFA, Alves WA, Costa LED, Sousa RL, Rodrigues RQF, Ribeiro RA, Sousa JNL. Viabilidade de adesão do curso de Odontologia da UFCG ao GraduaCEO. Rev ABENO. 2016; 16(3): 58-65.

Ugá MAD, Lima SML. Sistemas de alocação de recursos a prestadores de serviços a saúde. Fundação Oswaldo Cruz. A saúde no Brasil em 2030 - prospecção estratégica do sistema de saúde brasileiro: estrutura do financiamento e do gasto setorial. Rio de Janeiro: Fiocruz/Ipea/Ministério da Saúde/Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2013; 4; 135-68.

Volpato LER, Scatena JH. Análise da política de saúde bucal do município de Cuiabá, Estado de Mato Grosso, Brasil, a partir do banco de dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA-SUS). Epidemiol Serv Saúde. 2006; 15(2): 47-55.

Carvalho DM. Grandes sistemas de informação em saúde: revisão e discussão da situação atual. Informe Epidemiológico do SUS, 1997; 5(4): 7-46.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Regulação, Avaliação e Controle. Sistemas de Informação da Atenção à Saúde: Contextos Históricos, Avanços e Perspectivas no SUS/Organização PanAmericana da Saúde – Brasília, 2015. 67-82.

Publicado

02-11-2022

Como Citar

Siqueira, P. M., Umeda, J. E., Naufel, F. S., Tabchoury, C. P. M., & Fujimaki, M. (2022). Indicadores de produção ambulatorial de Cursos de Odontologia do Brasil. Revista Da ABENO, 22(2), 1610 . https://doi.org/10.30979/revabeno.v22i2.1610

Edição

Seção

Formação no SUS: integração da saúde coletiva com a clínica