Produtividade dos estudantes de Odontologia na clínica integrada em duas universidades do Sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.30979/revabeno.v23i1.1799Palavras-chave:
Educação em Odontologia, Clínicas Odontológicas, ProdutividadeResumo
Este estudo avaliou e comparou a produtividade clínica dos estudantes de Odontologia em duas instituições de ensino privadas, com diferentes tempos de experiência no modelo de clínica integrada, preconizado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). As universidades utilizam o modelo de clínica integrada desde 2001 [A] e 2009 [B], com cursos de graduação de 5 anos e 4 anos, respectivamente. O estudo foi realizado no período de fevereiro a dezembro de 2019. Foram incluídos dados relativos a 205 estudantes (56 da universidade [A] e 149 da [B]) matriculados nas clínicas de baixa/média (n=99) e alta complexidades (n=106). Avaliou-se a quantidade de procedimentos realizados por nível de complexidade nas duas instituições. Os dados foram submetidos aos testes de Mann-Whitney e qui-quadrado (α=0,05). O número de procedimentos analisados foi de 9706, sendo 4693 na instituição [A] e 5013 na [B]. Nas duas instituições a quantidade de procedimentos curativos (54,8%) foi significativamente maior que a de procedimentos de diagnóstico e atenção à saúde (45,2%) (p<0,001). Nas clínicas de baixa/média complexidade foram observadas diferenças estatísticas na quantidade de procedimentos e/ou na quantidade de estudantes que não realizaram determinados procedimentos clínicos. Nas clínicas de alta complexidade foram observadas diferenças estatísticas entre as instituições na quantidade de procedimentos e/ou na quantidade de alunos que não realizaram determinados procedimentos específicos de Dentística, Cirurgia, Periodontia e Prótese. A instituição com maior tempo de experiência no modelo de clínica integrada apresentou melhores resultados nas especialidades de Dentística, Endodontia e Prótese.
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Referências
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