Associação do desempenho acadêmico com estresse, ansiedade e depressão em estudantes de graduação em Odontologia
estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.30979/revabeno.v23i1.2092Palavras-chave:
Aprendizagem, Desempenho acadêmico, Educação em Odontologia, Estudantes de Odontologia, Saúde mentalResumo
O estudo objetivou analisar a associação entre o desempenho acadêmico e a prevalência autorrelatada de ansiedade, depressão e estresse em alunos de graduação em Odontologia de uma universidade pública brasileira. Os estudantes participaram da pesquisa por meio de um questionário disponibilizado no Google Forms, contemplando variáveis exploratórias, como idade, sexo, cor da pele, uso de ansiolíticos ou antidepressivos e atividades remuneradas. A escala traduzida e adaptada “Depression, Anxiety and Stress Scale-21” (DASS-21) foi utilizada para aferir os sintomas de ansiedade, estresse e depressão. O desempenho acadêmico foi quantificado como baixo para notas <7 pontos e bom para ≥7 pontos, considerando a média geral do estudante. Regressões logísticas foram realizadas para verificar a razão de chance entre desempenho acadêmico e os domínios da escala DASS-21. Foram feitas, também análises de subgrupo comparando o sexo dos estudantes (p<0,05). A amostra final avaliou 244 estudantes. Foi observado que os estudantes com depressão moderada apresentaram maior chance de terem baixo rendimento acadêmico, quando comparados com aqueles com depressão normal ou leve (RC:2,41; IC95%:1,10-5,29). Na análise de subgrupo foi demonstrado que, somente ao se considerar o sexo masculino, aqueles com depressão pelo menos moderada apresentaram maior chance de baixo rendimento acadêmico (RC:4,10; IC95%:1,19-14,19). O baixo rendimento acadêmico esteve significativamente associado aos estudantes com depressão pelo menos moderada. Além disso, indivíduos do sexo masculino com depressão pelo menos moderada apresentaram maior ocorrência de baixo desempenho acadêmico.
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