Fatores associados à autopercepção de desempenho acadêmico por estudantes de Odontologia durante a pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.30979/revabeno.v23i1.2118Palavras-chave:
Desempenho acadêmico, Autoeficácia, Estudantes de odontologia, COVID-19, Educação em OdontologiaResumo
O estudo objetivou investigar associações entre a autopercepção do desempenho acadêmico e crenças de autoeficácia, variáveis sociodemográficas e vida acadêmica em graduandos em Odontologia no período de ensino remoto durante a pandemia de COVID-19. Trata-se de um estudo transversal que empregou os seguintes instrumentos no formato virtual: questões sociodemográficas, autopercepção do rendimento escolar, aprendizagem durante o período de ensino remoto, e Escala de Autoeficácia Geral Percebida (EAGP). Os questionários foram disponibilizados entre setembro de 2020 e abril de 2021 para os alunos matriculados entre o segundo e o quinto ano do curso. Utilizaram-se modelos de regressão para analisar as associações entre variáveis preditores com o desfecho autopercepção do desempenho acadêmico. Estimou-se odds-ratios brutos e ajustados com os respectivos intervalos de 95% de confiança. Uma amostra de 150 graduandos respondeu ao questionário, sendo 70,0% mulheres (n=105) com idade média de 21,7 anos. Verificou-se que a autopercepção do desempenho acadêmico classificada como ‘insuficiente ou pouco suficiente’ esteve associada aos estudantes que não se adaptaram bem à nova experiência de ensino e aprendizagem (OR=8,08; IC95%: 2,02-32,35), que acharam que não dominavam os conhecimentos e competências ensinados nas aulas remotas (OR=10,74; IC95%: 2,81-41,02) e que achavam que o seu desempenho como estudante havia piorado desde que as aulas presenciais foram suspensas (OR=8,19; IC95%: 1,59-42,12). Conclui-se que durante o período pandêmico, a baixa autopercepção do rendimento acadêmico esteve associada à dificuldade de adaptação ao novo modelo de ensino remoto, ao senso de não assimilação dos conteúdos e de piora do desempenho escolar.
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