Mudanças curriculares na educação superior em Odontologia: inovações, resistências e avanços conquistados
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v16i4.324Palavras-chave:
Avaliação Educacional. Currículo. Educação Superior. Educação em Odontologia.Resumo
O artigo analisa o desenvolvimento de um currículo integrado de Odontologia orientado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e baseado na construção de competências em uma universidade pública no sul do Brasil. A articulação das atividades acadêmicas com o mundo do trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS) foi uma das principais mudanças desta proposta curricular. O método de investigação foi predominantemente qualitativo, caracterizando-se como um estudo de caso. O corpus de análise constitui-se pela aplicação de questionários e realização de entrevistas individuais semiestruturadas. Participaram do estudo 59 professores, sete técnicos administrativos e três gestores do curso. Os resultados encontrados qualificam o currículo avaliado quanto à integração entre professores de diferentes departamentos e entre as áreas (interdisciplinaridade); cuidado em saúde humanizado centrado nas necessidades do indivíduo/paciente; estímulo à cidadania; ensino clínico integrado, organizado por complexidade de procedimentos; e estágios supervisionados em cenários de prática do SUS (serviços de Atenção Primária à Saúde, de média e alta complexidade, além da gestão em saúde). A integração curricular, um dos eixos estruturantes do currículo e reconhecida como uma potencialidade, também se estabeleceu como um desafio para a consolidação do processo. A qualificação docente para atuar neste currículo, bem como a avaliação curricular continuada, foram aspectos que se destacaram para o fortalecimento do curso. Potencialidades e desafios são apresentados e discutidos em relação a um modelo curricular integrado em Odontologia, apontando para a necessidade de se repensar permanentemente tal currículo, favorecendo práticas educacionais cada vez mais renovadas e democráticas.
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