Saúde bucal e Pacientes com Necessidades Especiais: percepções de graduandos em Odontologia da FOB-USP
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v18i2.434Palavras-chave:
Assistência Odontológica. Saúde Bucal. Síndrome de Down. Estudantes de Odontologia.Resumo
Pacientes com necessidades especiais (PNE) representam uma porcentagem significativa da população brasileira, correspondendo a 24% da parcela populacional. Entretanto, esses pacientes podem enfrentar diversas barreiras de acesso ao tratamento. O objetivo desse trabalho é conhecer as percepções e dificuldades encontradas por estudantes de Odontologia, referentes ao atendimento de PNE. Foi realizada a aplicação de um questionário aos graduandos do 2º ao 4º ano da Faculdade de Odontologia de Bauru (n=122), com questões referentes ao atendimento odontológico e suas percepções sobre os PNE. Observa-se que parcela significativa dos estudantes não se sentem preparados para esse atendimento, chegando a 95% no 4º ano. Sobre a percepção quanto ao preparo para atender PNE, os graduandos do 4º ano referem-se como regular, enquanto a maioria dos que cursam o 2º e 3º anos acredita não estar preparada para o atendimento. O tratamento odontológico é fundamental para o estabelecimento da saúde bucal dos pacientes, principalmente quando relacionado aos PNE, sendo essencial o conhecimento das limitações e dos recursos que levam ao acolhimento do paciente por parte dos graduandos. O contato com PNE durante a graduação é extremamente importante para o conhecimento e a ruptura de possíveis preconceitos que possam envolver o atendimento dessa população, a fim de promover saúde bucal e qualidade de vida aos PNEDownloads
Referências
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2007). Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: decreto legislativo nº 186, de 09 de julho de 2008: decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. - 4. ed., rev. e atual. – Brasília: Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 2011.
Mugayar L. Pacientes especiais. In: klatchoian DA. Psicologia Odontopediátrica. 2. ed. São Paulo: Santos; 2002. p. 197-241.
Censo 2010 – Pessoas com Deficiência / Luiza Maria Borges Oliveira / Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) / Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD) / Coordenação-Geral do Sistema de Informações sobre a Pessoa com Deficiência; Brasília: SDH-PR/SNPD, 2012.
Dall’magro AK, Dall’magro E, Kuhn GF. Perfil clínico dos pacientes especiais tratados sob anestesia geral no Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo entre os anos de 2005 e 2010. RFO UPF. 2010;15(3):253-6.
Fukuoka CY, Michel-Crossato E, Martins Filho IE, Biazevic MGH, Zaitter WM. Accessibility to dental care for patients with special needs. RSBO. 2011; 8(3):277-81.
Nettina SM. Manual de prática de enfermagem. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1999.
Karst JS, Van Hecke AV. Parent and family impact of autism spectrum disorders: a review and proposed model for intervention evaluation. Clin Child Fam Psychol Rev. 2012;15(3): 247-77.
Fassina AP. Análise das disciplinas de pacientes portadores de necessidades especiais nas Faculdades no Brasil em 2005. São Paulo. Dissertação [Mestrado em Odontologia] - Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo; 2006.
Cruz S, Chi DL, Huebner CE. Oral health services within community-based organizations for young children with special health care needs. Spec Care Dentist. 2016; 36(5): 243-53.
Newacheck PW, McManus M, Fox HB, Hung YY, Halfon N. Access to health care for children with special health care needs. Pediatrics. 2000; 105(4):760-66.
Chi DL, Rossitch KC, Beeles EM. Developmental delays and dental caries in low-income preschoolers in the USA: a pilot cross- sectional study and preliminar explanatory model. BMC Oral Health. 2013;
(13):53.
Thikkurissy S, Lal S. Oral health burden in children with systemic diseases. Dent Clin North Am. 2009; 53(2): 351-7.
Chen AY, Newacheck PW. Insurance coverage and financial burden for families of children with special health care needs. Ambul Pediatr. 2006; 6(4):204-9.
Schultz ST, Shenkin JD, Horowitz AM. Parental perceptions of unmet dental need and cost barriers to care for developmentally disabled children. Pediatr Dent. 2001; 23(4):321-5.
Williams JJ, Spangler CC, Yusaf NK. Barriers to dental care access for patients with special needs in an affluent metropolitan community. Spec Care Dentist. 2015; 35(4):190-6.
Rapalo DM, Davis JL, Burtner P, Bouldin ED. Cost as a barrier to dental care among people with disabilities: a report from the Florida behavioral risk factor surveillance system. Spec Care Dentist. 2010;30(4):133-9.
Santos MTBR, Haddad AS. Quem são os pacientes com necessidades especiais? In: Cardoso RJA, Machado MEL. Odontologia: arte e conhecimento. São Paulo: Artes médicas; 2003. p. 263-8.
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RDC nº7, de 24 de fevereiro de 2010. Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências. Diário Oficial da União, 25 fev 2010; Seção 1.
Brasil. Senado Federal - Projeto de Lei da Câmara nº34, de 2013. Torna obrigatória a prestação de assistência odontológica a pacientes em regime de internação hospitalar, aos portadores de doenças crônicas e, ainda, aos atendidos em regime domiciliar na modalidade home care. Senado Federal 2013. Em tramitação. [Acesso em 4 nov 2016]. Disponível em: http://www25.senado.leg.br/ web/atividade/materias/-/materia/112975.
Moraes ABA, Batista CG, Lombardo I, Horino LE, Rolim GS. Verbalizações de alunos de odontologia sobre a inclusão social de pessoas com deficiência. Psicol Estud. 2006; 11(3):607-15.
Brasil. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 3, de 19 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia. Diário Oficial da União 4 de mar 2002; Seção 1.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).