Identificação da população fúngica em amostras de ar coletadas em clínica de ensino de Odontopediatria

Autores

  • Lariane Marcolino Nunes UniCesumar
  • Talita Silva Viana UniCesumar
  • Gisselly Maria Campos da Silva UniCesumar
  • Maria Paula Jacobucci Botelho UniCesumar
  • Lígia Maria Molinari Capel UniCesumar

DOI:

https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v18i3.566

Palavras-chave:

Infecções Bacterianas e Micoses. Aerossóis. Clínicas Odontológicas. Odontopediatria. Controle de infecções.

Resumo

Agentes infecciosos podem ser transmitidos via partículas microscópicas suspensas no ar e secreções presentes em superfícies contaminadas de instrumentos e equipamentos. Entre os contaminantes veiculados pelo ar em ambiente interno estão os fungos, bactérias e vírus, que são provenientes do ar externo, do sistema de climatização, da construção, mobiliário, carpete e de seus ocupantes. A maioria dos procedimentos realizados na clínica odontológica libera grande quantidade de aerossóis, partículas diminutas que ficam durante várias horas no ar e podem conter diversos micro-organismos, dentre eles, os fungos. Em clínicas de ensino, esta contaminação é maior devido ao alto número de ocupantes e de procedimentos realizados ao mesmo tempo. Ao conhecer os gêneros fúngicos aos quais seus pacientes estão expostos, o profissional pode minimizar os riscos de infecção, adotando práticas de higienização do ambiente e do ar que possam auxiliar na prevenção de doenças. A verificação de fungos foi realizada pelo método de sedimentação em placa, que se mostra útil para a análise da quantidade e da qualidade de fungos presentes em ambientes internos e externos. Foram identificadas espécies pertencentes aos gêneros Aspergillus, Fusarium, Cladosporium, Nigrospora e Penicillium, encontrados com maior frequência os gêneros Penicillium e Aspergillus provenientes de ambiente externo e interno.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lariane Marcolino Nunes, UniCesumar

Graduada em Odontologia pelo UniCesumar.

Talita Silva Viana, UniCesumar

Graduada em Ciências Biológicas pelo UniCesumar.

Gisselly Maria Campos da Silva, UniCesumar

Discente do curso de Odontologia do UniCesumar.

Maria Paula Jacobucci Botelho, UniCesumar

Professora Titular de Odontopediatria, Dentística Operatória e Microbiologia do Departamento de Odontologia do UniCesumar.

Lígia Maria Molinari Capel, UniCesumar

Professora adjunta das disciplinas de Agentes Infecciosos e Imunologia do curso de Odontologia do UniCesumar.

Referências

Zemouri C, de Soet H, Crielaard W, Laheij A. A scoping review on bio-aerosols in healthcare and the dental environment. Plos One. 2017;12(5):e0178007. DOI: 10.1371/ journal.pone.0178007.

Brasil. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9.394/1996 – Lei no 4.024/1961 artigo 43. Senado Federal. Brasília: Coordenação de Edições Técnicas; 2017.

Kadaifciler D, Cotuk A. Microbial contamination of dental unit waterlines and effect on quality of indoor air. Environ Monit Assess. 2014; 186(6):3431-44.

Boch T, Reinwald M, Postina P, Cornely O, Vehreschild J, Spiess B, et al. Identification of invasive fungal diseases in immunocompromised patients by combining an Aspergillus specific PCR with a multifungal DNA-microarray from primary clinical samples. Mycoses. 2015; 58(12):735-45.

Rogawansamy S, Gaskin S, Taylor M, Pisaniello D. An evaluation of antifungal agents for the treatment of fungal contamination in indoor air environments. Int J Environ Res Public Health. 2015; 12(6):6319-32.

Brasil. Cartilha de proteção respiratória contra agentes biológicos para profissionais da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.

Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 9, de 16 de janeiro de 2003. Orientação técnica sobre padrões referenciais de qualidade do ar interior em ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 jan. 2003.

Barreto ACB, Vasconcelos CPP, Girao CMS, Rocha MMNP, Mota OML, Pereira SLS. Contaminação do ambiente odontológico por aerossóis durante atendimento clínico com uso de ultrassom. Braz J Periodontol. 2011; 21: 79-84.

Jurado S, Bankoff A, Sanchez A. Indoor air quality in Brazilian universities. Int J Environ Res Public Health. 2014; 11(7): 7081-93.

Sousa KS, Fortuna JL. Microrganismos em ambientes climatizados de consultórios odontológicos em uma cidade do extremo sul da Bahia. Rev Baiana Saúde Pública. 2011; 35(2): 250-63.

Segers F, Meijer M, Houbraken J, Samson R, Wösten H, Dijksterhuis J. Xerotolerant Cladosporium sphaerospermum are predominant on indoor surfaces compared to other Cladosporium Species. Plos One. 2015; 10(12):e0145415. DOI: 10.1371/ journal.pone.0145415.

Kolwijck E, van de Veerdonk F. The potential impact of the pulmonary microbiome on immunopathogenesis of Aspergillus-related lung disease. Eur J Immunol. 2014; 44(11): 3156-65.

Hayleeyesus SF, Manaye AM. Microbiological quality of indoor air in university libraries. Asian Pac J Trop Biomed. 2014; 4(1):321-17.

de Sant’anna JB, Santos CF, Carneiro JA, Coutinho FN. Investigação de fungos anemófilos em ambiente cirúrgico do Hospital Regional de Brazlândia-DF. Proceedings COPEC. 2010; 7(10): 409-12.

Guevara-Suarez M, Sutton D, Cano-Lira J, García D, Martin-Vicente A, Gené J, et al. Identification and antifungal susceptibility of Penicillium-like fungi from clinical samples in the United States. J Clin Microbol. 2016; 54(8): 2155-61.

Melo LLS, Lima AMC, Damasceno CAV, Vieira ALP. Flora fúngica no ambiente da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal em hospital terciário. Rev Paul Pediatr. 2009; 27(3):303-8.

Haleem Khan AA, Mohan Karuppayil S. Fungal pollution of indoor environments and its management. Saudi J Biol Sci. 2012; 19(4):405-26.

Frankel M, Hansen E, Madsen A. Effect of relative humidity on the

aerosolization and total inflammatory potential of fungal particles from dust-inoculated gypsum boards. Indoor Air. 2014;24(1):16-28.

Neder RN. Microbiologia: manual de laboratório. São Paulo, Brasil: Editora Nobel; 1992.

Ministério da Saúde (BR). Biossegurança em saúde: prioridades e estratégias de ação. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.

Publicado

11-08-2018

Como Citar

Nunes, L. M., Viana, T. S., da Silva, G. M. C., Botelho, M. P. J., & Capel, L. M. M. (2018). Identificação da população fúngica em amostras de ar coletadas em clínica de ensino de Odontopediatria. Revista Da ABENO, 18(3), 84–92. https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v18i3.566

Edição

Seção

Artigos