Estresse, níveis de cortisol e a adaptação de estudantes de odontologia no ambiente acadêmico.
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v18i3.689Palavras-chave:
Estudantes de Odontologia. Cortisol. Estresse.Resumo
O objetivo desta pesquisa foi investigar a presença de estresse, ansiedade e depressão e analisar as experiências acadêmicas de estudantes de ingressantes no curso de Odontologia. Amostras de saliva de 114 estudantes foram coletadas para dosagem de cortisol durante exames e aulas para análise do estresse fisiológico em ambas as situações. Aqueles que tomaram antidepressivos ou não assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foram excluídos da pesquisa. Dois questionários validados foram aplicados, o QVA-r (Questionário de Experiências Acadêmicas - versão reduzida) e o DASS 21 (Depressão, Ansiedade e Escala de Estresse 21). O coeficiente de correlação e o teste de Mann-Whitney foram determinados com nível de significância de 5%. Do total de participantes, a maioria era do sexo feminino, com média de idade de 20,06 (+ 2,65) e 18,96 (+ 1,78) anos. A presença de estresse foi alta entre os estudantes (45%) e esteve relacionada aos domínios Pessoal (-0,518) e Interpessoal (-0,251). Os níveis de cortisol durante os testes mostraram correlação com as pontuações mais altas nos domínios Estudo (0,197), Carreira (0,347) e Institucional (0,196). De todos os alunos questionados, 81% deixaram a casa dos pais para estudar. A presença de estresse, ansiedade e depressão estava relacionada à interação dos alunos com seus pares e aos aspectos pessoais. Os maiores níveis de cortisol foram naqueles mais adaptados nos domínios Estudo, Carreira e Institucional.
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