Ansiedade em pacientes atendidos em clínicas odontológicas universitárias
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v18i4.799Palavras-chave:
Ansiedade ao Tratamento Odontológico. Assistência Odontológica. Clínicas Odontológicas. Saúde Bucal.Resumo
Este estudo objetivou investigar a ansiedade em pacientes atendidos em clínicas odontológicas universitárias. O presente estudo transversal incluiu 49 pacientes recrutados nas clínicas odontológicas da Universidade Federal de Juiz de Fora, campus Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil, de setembro de 2016 a agosto de 2017. Informações sobre sexo, idade, renda familiar, escolaridade, frequência de consultas odontológicas e procedimentos odontológicos causadores de desconforto foram coletadas por meio de questionário. O nível de ansiedade foi avaliado pela Dental Anxiety Scale. Observou-se um nível de ansiedade leve (mediana = 6), com mínimo de 4 (não ansioso) e máximo de 19 (extremamente ansioso). As mulheres apresentaram maior ansiedade que os homens (p = 0,047). Indivíduos com 9 a 11 anos de escolaridade apresentaram menor nível de ansiedade odontológica do que aqueles com 0 a 8 anos de estudo (p = 0,025). Os participantes que atribuíram maior desconforto às cirurgias e ao uso de alta rotação apresentaram maior ansiedade (p = 0,002). Conclui-se que a ansiedade leve está presente em pacientes submetidos a tratamento odontológico em clínicas universitárias, sendo as mulheres mais ansiosas do que os homens. Pacientes com maior grau de instrução foram menos ansiosos. O relato de maior desconforto com cirurgias e procedimentos alta rotação pode estar associado a uma maior ansiedade.
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