Prática preventiva e seu papel educacional junto a uma comunidade acadêmica de Odontologia
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v19i1.838Palavras-chave:
Estudantes. Imunização. Hepatite B. Tétano.Resumo
O estudo objetivou verificar a adesão dos estudantes de graduação em Odontologia à campanha de vacinação contra hepatite B e tétano em uma escola particular de Odontologia. A hipótese testada foi que a campanha de vacinação seria um programa efetivo na prevenção da infecção pelo HBV e tétano. O cartão de vacinação e o exame anti-HBs foram analisados como desfecho principal. Os dados foram submetidos à regressão de Poisson bivariada e multivariada (a<0, 5). Idade, ano de admissão, turno de estudos, número de doses de vacinas para hepatite B e vacinação para tétano foram variáveis independentes. Dos 485 estudantes, 318 entregaram a cópia do cartão de vacinação e 295 apresentaram o exame anti-HBs. A mediana de idade dos estudantes foi de 21 anos (76,1% do sexo feminino, 23,9% do sexo masculino). Nos modelos de regressão de Poisson univariada e multivariada, a não vacinação contra o tétano foi considerada fator de risco. Os alunos de graduação matriculados nos anos iniciais foram mais propensos a não receberem a vacinação do que aqueles dos anos finais (p≤0,001). Do total de alunos (318) que entregaram a documentação para hepatite B, 86,1% completaram o protocolo de vacinação (3 doses), enquanto 13,9% o protocolo incompleto (1 ou 2 doses). Os estudantes mais velhos foram mais propensos a não terem tomado as vacinas em comparação com mais jovens (p≤0,001). Em relação ao anti-HBs, 73,9% apresentaram título de proteção positivo. As campanhas de vacinação para estudantes de graduação podem ser efetivas se a adesão dos indivíduos ao calendário vacinal puder ser assegurada. Estratégias para maior adesão dos estudantes, como essa campanha, devem ser pensadas e planejadas pelos cursos de Odontologia.Downloads
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