Perfil dos egressos do curso de Odontologia da Universidade Federal do Ceará e suas percepções acerca do mercado de trabalho
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v21i1.1073Palabras clave:
Educação Odontológica. Desigualdade de Gênero. Mercado de Trabalho.Resumen
O objetivo do estudo foi identificar o perfil dos egressos de Odontologia da Universidade Federal do Ceará e suas percepções acerca do mercado de trabalho. Realizou-se um estudo transversal com aplicação de questionário online aos egressos de 2010/1 a 2018/1. Foram abordadas questões referentes ao perfil sociodemográfico, campo de atuação e percepção do mercado de trabalho e das suas limitações de formação. Realizou-se análise descritiva das variáveis e utilizou-se o teste t de Student e qui-quadrado, considerando um nível de significância de 5%. Dos 435 egressos, 169 (38,8%) participaram da pesquisa. A maioria (83%) se inseriu no mercado de trabalho em até um mês de formado e possuía alguma titulação acadêmica de pós-graduação (87,6%). A carga horária de trabalho de 44,3% dos egressos é maior que 40 horas semanais, com remuneração média de 5,4 salários-mínimos, verificando-se uma desigualdade salarial e de carga horária de trabalho entre gêneros. Ainda, 15,7% atuavam na docência aliada a outra atividade, 15% no consultório particular e 25,3% possuíam vínculo com serviço público. A maioria dos egressos sentiram-se parcialmente preparados para o mercado de trabalho (53,8%), sendo este avaliado majoritariamente como “regular” (51,5%). Quanto ao nível de satisfação com a Odontologia, 76,8% afirmaram ser bom ou excelente. Ademais, foram apontadas deficiências na formação nos conteúdos de gestão privada e pública. Conclui-se que os egressos apresentaram rápida inserção no mercado de trabalho, alta carga horária semanal de trabalho, boa satisfação com a profissão, apesar de considerarem o mercado de trabalho regular. Além disso, esse estudo sinaliza uma desigualdade de gênero no mercado de trabalho odontológico.
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