Perfil dos endodontistas de uma metrópole brasileira quanto ao atendimento odontológico a pacientes com necessidades especiais
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v21i1.1157Palabras clave:
Educação de Pós-Graduação em Odontologia. Assistência Odontológica para Pessoas com Deficiências. Acesso aos Serviços de Saúde. EndodontiaResumen
O objetivo do estudo foi caracterizar o perfil dos endodontistas do estado de São Paulo, Brasil em relação ao tratamento odontológico de pacientes com necessidades especiais (PNE). Um questionário online sobre capacitação do profissional e dados sobre o atendimento odontológico de PNE foi enviado para 3.500 endodontistas registrados no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. Dentre os 138 profissionais que retornaram, 57,2% eram do sexo feminino; 34,8% estavam na faixa etária entre 31 e 40 anos; 42,8% tinham entre 11 e 20 anos de formados; e 38,4% possuíam 11 a 20 anos de especialidade. Apenas 22,5% eram capacitados para o atendimento de PNE, sendo que desses, 58,1% tiveram apenas aula teórica. Dos que não receberam capacitação na pós-graduação, 80,4% gostariam de ter recebido. Com relação ao interesse em cursos de atendimento a PNE após a especialização, observou-se que apenas 15,9% realizaram algum tipo de curso, a maioria apenas teórico. Em relação às dificuldades durante o atendimento de PNE a "falta de colaboração do paciente durante o atendimento" foi citada por 74,6%, a "insegurança devido à falta de preparo profissional" por 55,0%. A análise da associação das variáveis pelo teste Qui-quadrado apontou que quanto maior o tempo de formação, menor essa dificuldade (p=0,0415). Os especialistas encontram mais dificuldades comparados aos que tem formação associada (mestrado e doutorado) (p=0,0369). Não houve associação significativa entre as dificuldades e o tipo de instituição de formação (pública ou privada) (p>0,05). O panorama atual da formação do endodontista não contempla o atendimento as pessoas com necessidades especiais.
Descargas
Citas
(1) World Health Organization. World report on disability. 2012. [Acesso em: 02/06/2019]. Disponível em: http://www.pessoacom deficiencia.sp.gov.br/usr/share/documents/RELATORIO_MUNDIAL_COMPLETO.pdf.
(2) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pessoas com deficiência no estado de São Paulo censo demográfico - 2010. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2010. [Acesso em: 02/06/2019]. Disponível em: http://www.pessoacomdefi ciencia.sp.gov.br/Content/uploads/20131213114958_2013analise_censo_EstSP.pdf.
(3) Ministério da Saúde. Saúde Bucal. Caderno de Atenção Básica, n° 17. 2008. [Acesso em: 02/06/2019]. Disponível em: http://bvsms. saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_bucal.pdf.
(4) Conselho Federal de Odontologia. Resolução CFO-25/2002, 16 de maio de 2002. Estabelece as áreas de competência para atuação dos especialistas em Disfunção Têmporo-Mandibular e Dor Orofacial; Odontogeriatria; Odontologia do Trabalho; Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais e em Ortopedia Funcional dos Maxilares e dá outras providências. Diário Oficial da União 2002; maio 28.
(5) Krause M, Vainio L, Zwetchkenbaum S, Inglehart MR. Dental Education About Patients with Special Needs: A Survey of U.S. and Canadian Dental Schools. J Dent Educ. 2010;74(11):1179-89.
(6) Ahmad MS, Razak IA, Borromeo GL. Special Needs Dentistry: perception, attitudes and educational experience of Malaysian dental students. Eur J Dental Educ. 2015;19:44-52.
(7) Dougall A, Pani SC, Thompson S, Faulks D, Romer M, Nunn J. Developing an undergraduate curriculum in Special Care Dentistry – by consensus. Eur J Dent Educ. 2017;7:46-56.
(8) Bonato LL, Lopes AMS, Silva CM, Itner RG, Silva ACH. Situação atual da formação para assistência de pessoas com necessidades especiais nas faculdades de odontologia no Brasil. ClipeOdonto. 2013;5(1):10-5.
(9) Thikkurissy S, Lal S. Oral Health Burden in Children with Systemic Diseases. Dent Clin North Am. 2009;53(2):351-7.
(10) Sinha N, Singh B, Chhabra KG, Patil S. Comparison of oral health status between children with cerebral palsy and normal children in India: A case–control study. J Indian Soc Periodontol. 2015;19(1):78-82.
(11) Al-Batayneh OB, Owais AI, Al-Saydali MO, Waldman HB. Traumatic dental injuries in children with special health care needs. Dental Traumatol. 2017;33(4):269–75.
(12) Conselho Federal de Odontologia. Quantidade geral de profissionais e entidades ativas. 2019. [Acesso em: 02/06/2019]. Disponível em: http://cfo.org.br/website /estatisticas/quantidade-geral-de-entidades-e-profissionais-ativos/.
(13) Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. Especialidades. [Acesso em: 02/06/2019]. Disponível em: http://www.crosp.org.br/intranet/estatisticas/estEspecialistas.php.
(14) Yap E, Parashos P, Borromeo GL. Root canal treatment and special needs patients. Int Endod J. 2014;48(4):351–61.
(15) Leal Rocha LL, Saintrain MVL, Vieira-Meyer APGF. Access to dental public services by disabled Persons. BMC Oral Health. 2015;15:35.
(16) Williams JJ, Spangler CC, Yusaf NK. Barriers to dental care access for patients with special needs in an affluent metropolitan community. Spec Care Dentist. 2015;35(4):190-96.
(17) Ministério de Educação e Cultura (MEC). Cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior Cadastro e-MEC. 2019. [Acesso em: 02/06/2019]. Disponível em: http://emec.mec.gov.br/.
(18) Folha de São Paulo. RUF ranking universitário folha. 2018. [Acesso em: 02/06/2019]. Disponível em: https://ruf.folha.uol.com.br/2018/ranking-de-cursos/odontologia/.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Revista da ABENO
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).