Maus-tratos infantis na perspectiva de acadêmicos de Odontologia
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v18i1.394Palabras clave:
Maus-tratos Infantis. Educação em Odontologia. Estudantes de Odontologia.Resumen
A violência infantil não ocorre apenas em países em desenvolvimento e é tão frequente que por vezes é banalizada. Crianças e adolescentes são alvos fáceis para atos de violência por serem frágeis e dependentes. O objetivo desta pesquisa foi verificar, por meio de questionários, o conhecimento de estudantes de Odontologia em relação aos maus-tratos na infância e adolescência. Todos os acadêmicos matriculados nos cursos de Odontologia das Universidades do Planalto Catarinense e Federal do Espírito Santo foram convidados a participar do estudo. O questionário abordou conceito e características de maus-tratos, conduta frente aos mesmos, conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e responsabilidade do cirurgião-dentista na notificação de maus-tratos. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas. Participaram da pesquisa 363 alunos, 146 de Lages e 217 de Vitória. Destes, 265 (73,0%) eram do gênero feminino, com idade média de 21,38 ± 3,01 anos. Durante a graduação, 34,9% dos alunos afirmaram não ter recebido nenhuma informação sobre maus-tratos na infância e adolescência. Apesar disto, a maioria (86,8%) sente-se capaz de diagnosticar casos de maus-tratos. Os estudantes citaram alterações nos tecidos moles (65,3%) e traumatismos dentários (48,5%), como caracetrísticas relacionadas aos maus-tratos. Em relação à denúncia, apenas 30,3% referem o Conselho Tutelar como esfera competente e 35,5% sabem o significado da sigla ECA. Foi observado que os acadêmicos das duas instituições conseguem identificar os sinais de maus-tratos, mas precisam de maiores informações em relação à notificação dos mesmos.
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