Ensino em serviço na perspectiva da Clínica Ampliada: relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v17i4.489Palabras clave:
Educação em Odontologia. Atenção Primária à Saúde. Saúde Bucal.Resumen
A Clínica Ampliada pode ser compreendida como a relação estabelecida entre os diferentes profissionais de saúde com os usuários no intuito de produzir saúde por meio do empoderamento dos sujeitos e criação de autonomia. Neste contexto, a formação profissional em Odontologia deve primar pelo desenvolvimento das habilidades técnicas aliadas a qualidades humanistas para atuação na perspectiva da Clínica Ampliada. Considerando a discussão do processo de formação do cirurgião-dentista integrado ao serviço de saúde pública e a perspectiva de atuação na Clínica Ampliada, este trabalho teve como objetivo relatar a experiência acadêmica do estágio supervisionado, realizado um uma unidade de saúde, no município de Porto Alegre/RS. No modelo de um relato de experiência descritivo, com metodologia relacionada ao processo reflexivo crítico do aluno, o estágio ocorreu num período de 30 dias, com carga horária de 15 horas semanais, em uma unidade de saúde pertencente ao Grupo Hospitalar Conceição. Incluiu atividades de acompanhamento ambulatorial e de promoção e prevenção de saúde, realizados na unidade de saúde e sua área de atuação. Da experiência vivida, foi possível observar que os profissionais da equipe de saúde tinham como proposta para o atendimento a resolutividade clínica e a perspectiva de um plano de tratamento conjunto, de acordo com a realidade social de cada usuário, baseando-se na comunicação horizontal entre comunidade e profissionais. Assim, compreender a saúde bucal dentro da perspectiva da Clínica Ampliada requer, cada vez mais, uma análise conjunta das questões biopsicossociais dos indivíduos.Descargas
Citas
Finkler M, Caetano JC, Ramos FR. Integração “ensino-serviço” no processo de mudança na formação profissional em Odontologia. Interface. 2011;15(39):1053-70.
Morita MC, Kriger L. Mudanças nos cursos de Odontologia e a interação com o SUS. Rev ABENO. 2004;4(1):17-21.
Warmling CM, Marzola NR, Botazzo C. Da autonomia da boca: práticas curriculares e identidade profissional na emergência do ensino brasileiro da odontologia. Hist Ciênc Saúde. 2012 jan/mar;19(1):181-95.
Brasil. Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Farmácia e Odontologia. Parecer CNE/CES nº 1.300/01, aprovado em 6 de novembro de 2001. [Acesso em 21 set. 2017]. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/educacao-quilombo la-/323-secretarias-112877938/orgaos-vincu lados-82187207/12991-diretrizes-curricular es-cursos-de-graduacao.
Associação Brasileira de Ensino Odontológico (ABENO). Diretrizes da ABENO para a definição do estágio supervisionado nos cursos de Odontologia. Rev ABENO. 2002;2(1):13-8.
Faé JM, Silva Junior MF, Carvalho RB, Esposti CDD, Pacheco KTS. A integração ensino-serviço em Odontologia no Brasil. Rev ABENO. 2016;16(3):7-18.
Brasil. Portaria n° 267, de 06 de março de 2001. Aprova as normas e diretrizes de inclusão da saúde bucal na estratégia do Programa de Saúde da Família (PSF). Diário Oficial da República Federativa do Brasil. 2001 mar; Seção1. p. 67.
Celeste RK, Moura FR. Programa de saúde da família em Cachoeira do Sul: a inclusão de acadêmicos de odontologia. Odontologia e Sociedade. 2006;9(1):10.
Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes da política nacional de saúde bucal. Brasília: Ministério da Saúde: 2004.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização. Formação e intervenção / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização. Brasília
: Ministério da Saúde; 2010.
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de atenção básica. Guia prático do Programa de Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde; 2001.
Martini JG. Implantação do Programa de Saúde da Família em Porto Alegre. R Bras Enferm. 2000;53:71-6.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria no 2.436 de 21 de setembro de 2017. Política Nacional de Atenção Básica. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. 2017 set; Seção 1. n. 183.
Giovanella L, Mendonça MHM, Almeida PF, Escorel Sarah, Senna MCM, Fausto MCC et al. Saúde da família: limites e possibilidades para uma abordagem integral de atenção primária à saúde no Brasil. Ciênc Saúde Colet. 2009;14(3):783-94.
Amoretti R. A Educação Médica diante das necessidades sociais em saúde. Rev Bras Educ Méd.2005;29(2):136-46.
Starfield B. Primary Care: concept, evaluations, and policy. Oxford University Press, New York. 1992.
Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: Unesco/Ministério da Saúde; 2002.
Paim JS. Atenção à saúde no Brasil. In: Ministério da Saúde. Saúde no Brasil - Contribuições para a agenda de prioridades de pesquisa. Brasília (DF); 2004. p. 15-44.
Falk MLR, Falk JW, Oliveira FA, Motta MS. Acolhimento como dispositivo de humanização: percepção do usuário e do trabalhador em saúde. Rev APS. 2010; 13(1):4-9.
Camelo SHH, Angerami ELS, Silva EM, Mishima SM. Acolhimento clientela: estudo em unidades básicas de saúde no município de Ribeirão Preto. Rev Latinoam Enferm. 2000;8(4):30-7.
Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 4 mar. 2002. n. 4, Seção. 1, p. 10.
Ayers CS, Abrams RA, McCunniff MD, Goldstein BR. A comparison of private and public dental students’ perceptions of extramural programming. J Dent Educ. 2003;67(4):412-7.
Carvalho ACP. Ensino em Odontologia no Brasil. In: Perri de Carvalho AC, Kriger L. Educação Odontológica. São Paulo: Artes Médicas, 2006. p. 5-15.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).