A visita domiciliar como prática pedagógica na formação em Odontologia
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v17i4.515Palabras clave:
Visita Domiciliar. Sistema Único de Saúde. Ensino Superior. Odontologia.Resumen
As Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal destacam a visita domiciliar (VD) como uma das principais formas de ampliação do acesso aos serviços e criação de vínculo com a população, caracterizando-a como um desafio para as Equipe de Saúde Bucal. A adequação dos cursos de Odontologia às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) implica em preparar o egresso para essa abordagem, utilizando a VD como estratégia pedagógica. Esse estudo investigou as contribuições da VD na formação odontológica, por meio de uma revisão integrativa da produção científica nacional, no período entre 2004 a 2017, compondo uma síntese qualitativa da literatura. Foram pesquisadas quatro bases de dados por meio dos descritores (“home care” OR “home visits”) AND (“dentistry” OR “oral health”). Nove estudos compuseram o corpo de análise desta revisão. Dos resultados emergiram quatro categorias: 1- Formação do cirurgião-dentista no Sistema Único de Saúde; 2- Compreensão ampliada do processo saúde-doença; 3- O trabalho interdisciplinar; 4- Humanização do Cuidado. Como contribuições à formação evidenciou-se que a VD propiciou ao estudante de Odontologia a vivência no território e a interação com usuários e profissionais da equipe de saúde. O contato do estudante com a VD possibilita o aprendizado do cuidado à saúde do usuário em seu contexto de vida, bem como a vivência do trabalho interdisciplinar, valorizando os diferentes saberes profissionais. O domicílio demonstrou-se como espaço singular para o aprendizado de vínculo, acolhimento e humanização, o que favorece a formação odontológica na perspectiva da clínica ampliada.
Descargas
Citas
Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais do Cursos de Graduação em Farmácia e Odontologia. [Acesso em 20 jul. 2017]. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES1300.pdf
Morita MC, Codato LAB, Higasi MS, Kasai MLHI. Visita domiciliar: oportunidade de aprendizagem na graduação em Odontologia. Rev Odontol UNESP. 2010;39(2):75-9.
Alves VS. Um modelo de educação em saúde para o Programa Saúde da Família: pela integralidade da atenção e reorientação do modelo assistencial. Interface Comun Saúde Educ. 2005;9(16):39-52.
Brasil. Ministério da Saúde. Brasil Sorridente. Portal do Departamento de Atenção Básica. [Acesso em 20 jul. 2017.] Disponível em: http://189.28.128.100/dab/ docs/publicacoes/geral/diretrizes_da_politica_nacional_de_saude_bucal.pdf.
Cunha CLF, Gama MEA. A visita domiciliar no âmbito da atenção primária em saúde. In: Malagutti W. (Org.). Assistência Domiciliar – Atualidades da Assistência de Enfermagem. Rio de Janeiro: Rubio; 2012, p.37-48.
Takahashi RF, Oliveira, MAC. A visita domiciliária no contexto da saúde da família. In: Brasil. Ministério da Saúde. Programa de Saúde da Família: manual de enfermagem. São Paulo: Ministério da Saúde; 2001, p. 43-46.
Lopes WO, Saupe R, Massaroli A. Visita Domiciliar: tecnologia para o cuidado, o ensino e a pesquisa. Ciênc Cuid Saúde. 2008;7(2):241-7.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. [Acesso em 10 jun. 2017]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/cad_vol1.pdf.
Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Clínica ampliada e compartilhada. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. [Acesso em 21 jul. 2017]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/ bvs/publicacoes/clinica_ampliada_compartilhada.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Bucal. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. [Acesso em 21 jul. 2017]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_bucal.pdf.
Hermann AP, Lacerda MR, Maftum MA, Bernardino E, Mello ALSF. O processo de ensinar e aprender o cuidado domiciliar nos cursos de graduação em saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2017;22(7):2383-92.
Romanholi RMZ, Cyrino EG. A visita domiciliar na formação de médicos: da concepção ao desafio do fazer. Interface Comun Saúde Educ. 2012;16(42):693-705.
Silva FAG. A visita domiciliar como estratégia pedagógica e seus sentidos para estudantes dos cursos de enfermagem, medicina e odontologia em um centro universitário do estado do Rio de Janeiro [dissertação]. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca; 2012.
Borges FR, Avelino CCV, Costa LCS, Lourenço DS, Sá MD, Goyatá SLT. Ensino sobre visita domiciliar a estudantes universitários. Rev Rene. 2017;18(1):129-38.
Noro LRA, Torquato SM. Percepção sobre o aprendizado de saúde coletiva e o SUS entre alunos concludentes de curso de Odontologia. Trab Educ Saúde. 2010;8(3):439-47.
Coscrato G, Pina JC, Mello DF. Utilização de atividades lúdicas na educação em saúde: uma revisão integrativa da literatura. Acta Paul Enferm. 2010;23(2):257-63.
Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 2010;8(1):102-6.
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12ed. São Paulo: Hucitec; 2010. 406p.
Noro LRA, Torquato SM. Visita domiciliar: estratégia de aproximação à realidade social? Trab Educ Saúde. 2015;13(1):145-58.
Deneci V, Medeiros B, Silva D, Vidal K, Chevitarese L. O significado da participação em visitas domiciliares pelo acadêmico de Odontologia. Rev ABENO. 2014; 14(1): 66-72.
Gontijo LPT, Almeida MCP, Gomide LRS, Barra RP. A saúde bucal coletiva na visão do estudante de Odontologia – análise de uma experiência. Ciênc Saúde Coletiva. 2009;14(4):1277-85.
Silva MC, Marques BB, Reis MS, Moraes RB. Pró-Saúde - Odontologia/UNISC: experiências e contribuições na formação profissional. Rev ABENO. 2011;11(1):47-50.
Palmier AC, Amaral JHL, Werneck MAF, Senna MIB, Lucas SD. Inserção do aluno de Odontologia no SUS: contribuições do Pró-Saúde. Rev Bras Educ Méd. 2012;36(1, Supl. 2):152-7.
Mecca LE, Jitumori RT, Warkentin PF, Baldani MH, Borges PKO. Visitas domiciliares: vivenciando o emprego das diretrizes curriculares na Odontologia, da teoria à pratica. Rev ABENO. 2013;13(2): 62-8.
Souza GCLL, Lopes MRL, Rodrigues CAQ, Moreira KS, Oliveira MP, Morais AJD, et al. O PET- Saúde na formação acadêmica em Odontologia: contribuições e perspectivas. Rev ABENO. 2014;14(1):73-80.
Campos GWS, Domitti AC. Apoio matricial e equipe de referência: uma metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Cad Saúde Públ. 2007;23(2):399-407.
Hayacibara MF, Lolli LF, Terada RSS, Hidalgo MM, Bispo CGC, Terada HH, et al. Experiência de Clínica Ampliada em Odontologia na Universidade Estadual de Maringá. Rev Bras Educ Méd. 2012; 36(1):178-
Abrahão AL, Merhy EE. Formação em saúde e micropolítica: sobre conceitos-ferramentas na prática de ensinar. Interface Comun Saúde Educ. 2014; 18(49):313-24.
Franco TB, Merhy EE. Atenção domiciliar na saúde suplementar: dispositivo da reestruturação produtiva. Ciênc Saúde Coletiva. 2008;13(5):1511-20.
Narvai PC. Saúde bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária à bucalidade. Rev Saúde Pública. 2006;40:141-147.
Pires FS, Botazzo C. Organização tecnológica do trabalho em saúde bucal no SUS: uma arqueologia da política nacional de saúde bucal. Saúde Soc. 2015;24(1):273-284.
Feuerwerker LCM, Merhy EE. A contribuição da atenção domiciliar para a configuração de redes substitutivas de saúde: desinstitucionalização e transformação de práticas. Rev Panam Salud Pública. 2008;24(3):180-8.
Martino LVS, Botazzo C. Formação para a clínica ampliada de saúde bucal: uma proposta metodológica (e mudança de olhar). BIS, Bol Inst Saúde. 2007;43:10-14.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).