Maus-tratos infantis no currículo dos cursos de Odontologia do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v19i2.825Palabras clave:
Violência. Criança. Educação em Odontologia. Odontologia Legal. Estudantes de Odontologia.Resumen
Os maus-tratos infantis são vistos como um dos maiores problemas de saúde pública de acordo com a Organização Mundial da Saúde e, no âmbito odontológico, o cirurgião-dentista pode influenciar diretamente no diagnóstico e denúncia desses casos, desde que possua a percepção e as informações necessárias. O presente estudo teve por objetivo avaliar se o currículo dos cursos de Odontologia do Rio de Janeiro fornece conhecimento e preparo suficiente para os acadêmicos acerca dos maus-tratos infantis. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de campo com coleta de dados por meio da aplicação de um questionário semiestruturado em oito cursos de Odontologia do Rio de Janeiro abrangendo 200 estudantes do último ano da graduação. Destes, 53 (26,5%) eram de instituições públicas e 147 (73,5%) de instituições particulares. Dentre os participantes, 74,5% disseram que a temática foi abordada no curso, principalmente nas disciplinas de Odontologia Legal e Odontopediatria. Todos afirmaram a importância do tema na graduação e apenas 29 (14,5%) não acreditam ser de responsabilidade do cirurgião-dentista diagnosticar esses casos. Quanto ao conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente, 129 (64,5%) estudantes afirmaram conhecer, entretanto 107 (53,5%) desconhecem as implicações legais para os cirurgiões-dentistas. Hematomas, retração da criança e medo foram os sinais e sintomas mais citados pelos estudantes. Quanto à conduta, a maioria afirmou que comunicaria ao Conselho Tutelar. Conclui-se que os acadêmicos de Odontologia da amostra possuem um conhecimento regular sobre o tema maus-tratos infantis.
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