Projeto HUKA KATU†: a FORP-USP no Parque Indígena do Xingu
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v5i2.1470Palavras-chave:
Educação em Odontologia. Odontologia Comunitária. Currículo, educação.Resumo
Durante muito tempo, a formação dos profissionais de saúde, dentre eles o cirurgião-dentista, não se orientou pela compreensão crítica das necessidades da população em saúde bucal. O modelo formador (Universidades) do país ficou dissociado da realidade brasileira, conseqüentemente não se comprometendo com a promoção da saúde bucal. A Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, durante a construção coletiva do seu projeto pedagógico, esteve atenta às normativas presentes nos vários documentos elaboradas pelo Ministério da Educação (Diretrizes Curriculares para os cursos de Odontologia) e pelo Ministério da Saúde (Política Nacional de Saúde Bucal e Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas). Para que as Universidades cumpram com seu papel transformador, há de se compreenderem novos “Cenários de Aprendizagem” como um conceito amplo, que diz respeito não somente ao local em que se realizam práticas de uma técnica, mas também à população nela envolvida, à natureza e ao conteúdo do que se faz. Diz respeito, portanto, à incorporação e à interrelação entre métodos didáticos e pedagógicos, áreas de práticas e vivências, utilização de tecnologias e habilidades associadas ao cognitivo e psicomotor. Incluem, também, a valorização dos preceitos morais e éticos orientadores de condutas individuais e coletivas. O novo currículo da FORP apresenta complexidade crescente e se propõe à integração com maior flexibilização. É nesse contexto que nos propomos a apresentar o Estágio Optativo (Saúde bucal no Parque do Xingu-FORP/USP), oferecido para os estudantes do curso de Odontologia, caracterizando-o como processo capaz de contribuir para a reorganização das concepções e práticas no campo da saúde bucal, propiciando um novo processo de trabalho e tendo como principal meta a produção do cuidado.Downloads
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