Caracterização do componente curricular Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais nos cursos de Odontologia do estado da Paraíba
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v18i2.423Palavras-chave:
Educação em Odontologia. Pessoas com Deficiência. Assistência Odontológica para Pessoas com Deficiência.Resumo
A regulamentação da especialização em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais surgiu por meio da resolução 25/2002 do Conselho Federal de Odontologia (CFO). De acordo com a lei nº 9.394/96, os cursos de graduação possuem autonomia didático-científica para estabelecer sua estrutura curricular. Dessa forma, conteúdos relacionados à Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais (OPNE) poderão ou não estar presentes na matriz curricular dos cursos de Odontologia. O objetivo da pesquisa foi caracterizar a disciplina de OPNE nos cursos de Odontologia do estado da Paraíba. Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa. Um formulário foi produzido e as informações foram coletadas nos sítios web dos cursos. Foi possível coletar informações de nove dos onze cursos em funcionamento no estado. Em seis deles os conteúdos estavam presentes e a nomenclatura variava de uma instituição para outra. A oferta da disciplina foi obrigatória em 100% dos cursos avaliados e em cinco a abordagem era teórico/clinica, sendo que em um não constava informação. Dois cursos disponibilizavam a disciplina no 8º e 9º semestres, com carga horaria média de 62,2 horas. Em 50% dos casos os conteúdos tinham conexão com outras disciplinas e em 60% funcionavam como disciplina independente. Conclui-se que os cursos de graduação em Odontologia do estado da Paraíba possuem, na sua maioria, a disciplina de OPNE em sua estrutura curricular. Não existe uma padronização quanto à nomenclatura, carga horária e período em que a mesma é ofertada.
Downloads
Referências
Campos CC, Frazão BB, Saddi GL, Morais LA, Ferreira MG, Setúbal PCO, et al. Manual prático para o atendimento odontológico de Pacientes com Neces-sidades Especiais. 2ed. Goiás: Universidade Federal de Goiás; 2009.
Takemoto M, Werlang F, Zeni E. O legado das Diretrizes Curriculares Nacionais no ensino odontológico. Rev Cient Tecn. 2015;2(1):393-401.
Brasil. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Diário Oficial da União. Seção I, p. 27834-27841.
Brasil. Conselho Nacional de Educação (CNE). Resolução CNE/CES 3/2002. Brasília: Diário Oficial da União. Seção I, p.10. [Acesso em 15 ago. 2016]. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/ pdf/CES032002.pdf.
Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE). Censo demográfico 2010: resultados gerais da amostra. [Acesso em 15 ago. 2016]. Disponível em: http://www.ibge. gov.br/estadosat/temas.php?sigla=pb&tema=resultgeramostra_censo2010.
Marra OS, Miasato JM. A saúde bucal do paciente especial e sua relação com o nível sócio-econômico dos pais. Rev Bras Odontol. 2008;65(1):27-30.
Santos MFS, Hora IAA. Atenção odontológica a pacientes especiais: atitudes e percepções de acadêmicos de odontologia. Rev ABENO. 2012;12(2):207-12.
Gomes MJ, Caxias FP, Margon CD, Rosa RG, Carvalho RB. A percepção dos docentes do curso de odontologia da UFES em relação à necessidade de inclusão da disciplina denominada “Atendimento odontológico a Pacientes Portadores de Necessidades Especiais. Rev Bras Pesqui Saúde. 2009;11(1):33-9.
World Health Organization. World report on disability. Geneva: World Health Organization, 2011.
Yeaton S, Moorthy A, Rice J, Coghlan D, O’Dwyer L, et al. Special care dentistry: how prepared are we? Eur J Dent Educ. 2016;20:9-13.
Brasil. Ministério da Saúde. SB Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal: resultados principais. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. [Acesso em 22 de mar. 2017]. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/ CNSB/sbbrasil/arquivos/projeto_sb2010_relatorio_final.pdf.
Queiroz FS, Rodrigues MMLF, Cordeiro Júnior GA, Oliveira AB, Oliveira JD, Almeida ER. Avaliação das condições de saúde bucal de Portadores de Necessidades Especiais. Rev Odontol UNESP. 2014;43(6):396-401.
Pinheiro FMC, Nóbrega-Therrien SM, Almeida MEL, Almeida MI. A formação do cirurgião-dentista e a promoção de saúde no PSF. Rev Odontol UNESP. 2008;37(1):69-77.
Lamers JMS, Baumgarten A, Bitencourt FV, Toassi RFC. Mudanças curriculares na educação superior em odontologia: inovação, resistências e avanços conquistados. Rev ABENO. 2016:16(4) ;2-18.
Fassina AP. Analysis of Disciplines Concerning Handicapped Patients at Brazilian Colleges in 2005 [Dissertação de Mestrado]. São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP; 2005.
Dougall A, Thompson SA, Faulks D, Ting G, Nunn J. Guidance for the core of a curriculum in Special Care Dentistry at the undergraduate level. Eur J Dent Educ. 2013;18:39-43.
Mafi A, Moretto C, Teixeira MFN, Saldanha OMFL, Rados ARV. A interdisciplinariedade e seus reflexos na formação do cirurgião-dentista. Rev ABENO. 2017;17(1):62-73.
Ferreira SH, Suita RA, Rodrigues PH, Kramer PF. Percepção de estudantes de graduação em Odontologia frente ao atendimento de Pessoas com Deficiência. Rev ABENO. 2017;17(1):87-96.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).