Aspectos clínicos e demográficos de pessoas com deficiência atendidas em uma clínica-escola de Odontologia
DOI:
https://doi.org/10.30979/revabeno.v21i1.1238Palabras clave:
Pessoas com deficiência, Saúde Bucal, Assistência Odontológica.Resumen
O objetivo deste artigo foi descrever as características clínicas e demográficas de pessoas com deficiência atendidas em uma clínica-escola de Odontologia do Nordeste brasileiro, relacionando estes perfis às necessidades acumuladas e aos tratamentos realizados no período de março a julho de 2019. Tratou-se de um estudo de análise de banco de dados no qual foram avaliados os prontuários em relação a sexo, idade, diagnóstico médico, uso de medicamentos, motivo da consulta e tratamentos realizados. Foi utilizada uma amostra de conveniência de 55 prontuários, referentes aos indivíduos em atendimento neste período. Os testes Qui-quadrado e exato de Fisher foram utilizados para verificar associação entre as variáveis estudadas. Foi adotado o intervalo de confiança de 95% e a margem de erro de 5%. Verificou-se que a maioria dos pacientes era do sexo masculino (52,7%) e possuía entre 20 e 59 anos (54,5%). As patologias de base de maior prevalência foram as doenças sistêmicas (34,5%) e deficiência intelectual (32,7%). Em relação às medicações, 80% faziam uso contínuo de algum fármaco. A respeito das consultas odontológicas, a procura de 60% da amostra foi por motivo de dor e os procedimentos mais realizados, os restauradores (63,6%). Além disso, a estabilização física e sedação medicamentosa foram amplamente utilizadas nos pacientes com deficiência intelectual. O atendimento odontológico incluiu pacientes com diversas necessidades especiais e, apesar da clínica-escola em questão priorizar a conduta preventiva, a maior parte dos procedimentos executados foi curativo, podendo estar relacionado com a procura tardia pelo tratamento odontológico e dificuldades de acesso.
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