A Clínica Ampliada como ferramenta de cuidado e ensino em Geriatria
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v17i4.476Palabras clave:
Clínica Ampliada. Serviços de Integração Docente Assistencial. Gerontologia. Ensino Superior. Formação de Recursos Humanos.Resumen
O envelhecimento populacional é uma característica mundial, ocorrendo inclusive no Brasil. Frente aos desafios para o Sistema Único de Saúde e seus profissionais, se faz necessária uma mudança de abordagem, no sentido de ampliação da clínica. O objetivo deste estudo é relatar a experiência de integração entre ensino, serviços de saúde e comunidade, por meio da construção da disciplina do Estágio em Odontogeriatria. A partir da criação do curso de Odontologia noturno, os professores da disciplina buscaram alternativas de campos de estágio no turno da noite, já que a instituição de longa permanência para idosos e as Unidades de Saúde da Rede de Atenção em Saúde da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, que recebem os estagiários do curso diurno, não realizam atendimento de idosos depois das 18:30 horas. Assim, professores, gestores municipais e duas equipes de Saúde da Família (ESF) realizaram rodas de conversa para estruturar o estágio noturno, almejando trabalhar com os estudantes, além de conhecimentos, atitudes e práticas. Foram pactuadas atividades teóricas, oficinas sobre Avaliação Global do Idoso, além de visitas domiciliares a idosos - em seu contexto - acompanhadas de profissionais da ESF. Os grupos de preceptoria foram realizados visando o planejamento de Projetos Terapêuticos Singulares para e com os idosos que foram visitados, a partir da problematização de suas condições de vida. Frente aos resultados já obtidos por relatos e observações, acredita-se no potencial do Estágio em Odontogeriatria do curso noturno na construção de um novo paradigma em Odontologia relacionado à ampliação da clínica e à interdisciplinaridade.
Descargas
Citas
Alves JED. A transição demográfica e a janela de oportunidade. Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial. 2008.
Kinsella K, Velkoff VA. U.S. Census Bureau, Series P95/01-1. An Aging World: 2001. U.S. Government Printing Office; 2001.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE. Mudança Demográfica no Brasil no início do século XXI: Subsídios para as projeções da população. Rio de Janeiro; 2015.
Organização Mundial da Saúde; Ministério da Saúde. Envelhecimento Ativo: Uma Política de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.
Shah N. Teaching, Learning, and Assessment in Geriatric Dentistry: Researching Models of Practice. J Dent Educ. 2010;74:20-8.
Lamers JMS, Baumgarten A, Bitencourt FV, Toassi RFC. Mudanças
curriculares na educação superior em Odontologia: inovações, resistências e avanços conquistados. Rev ABENO. 2016;16(4):2-18.
Brasil. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 3, de 19 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia. Diário Oficial da União 2002; 4 mar.
Associação Brasileira de Ensino Odontológico. Diretrizes da ABENO para a definição do estágio supervisionado nos cursos de Odontologia. Rev ABENO. 2002;2(1):39.
Scavuzzi AIF, Gouveia CVD, Carcereri DL, Veeck EB, Ranali J, Costa LJ, Morita MC, Araújo ME. Revisão das Diretrizes da ABENO para a definição do estágio supervisionado curricular nos cursos de Odontologia. Rev ABENO. 2015;15(3):109-13.
Faé JM, Silva JMF, Carvalho RB, Esposti CDD, Pacheco KTS. A integração ensino-serviço em Odontologia no Brasil. Rev ABENO. 2016;16(3):7-18.
Levy N, Goldblatt RS, Reisine S. Geriatrics education in US dental schools: where do we stand, and what improvements should be made? J Dent Educ. 2013; 77(10):1270-85.
MacEntee MI. The educational challenge of dental geriatrics. J Dent Educ. 2010; 74:13-9.
Saintrain MVDL, de Souza EHA, Caldas Júnior ADF. Geriatric dentistry in Brazilian universities. Gerodontology. 2006; 23(4):231-6.
Padilha DMP, Baldisseroto J, Soll L, Bercht S, Petry P. Odontologia na Universidade: para não perder tempo. Rev Fac Odontol Porto Alegre. 1998; 39(1):14-16.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria no 2.528, de 19 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. 2006 out.
Ministério da Saúde (BR). Cadernos de Atenção Básica: Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.
Ministério da Saúde (BR). Manual de Apoio aos Gestores do SUS para implementação do COAPES. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.
Campos GWS. Saúde pública e saúde coletiva: campo e núcleo de saberes e práticas. Ciênc Saúde Coletiva. 2000; 5(2): 219-30.
Cunha GT. A construção da clínica ampliada na Atenção Básica. São Paulo: Hucitec; 2005.
Fabiano JA, Waldrop DP, Nochajski TH, Davis EL, Goldberg LJ. Understanding Dental Students’ knowledge and perceptions of older people: toward a new model of geriatric Dental Education. J Dent Educ. 2005; 69: 419-433.
Berbel NAN. A problematização e a aprendizagem baseada em problemas: diferentes termos ou diferentes caminhos? Interface Comunic Saúde Educ. 1998; 2(2):139-54.
World Health Organization (WHO). Age-friendly primary health care centres toolkit. World Health Organization. 2008.
Moraes EN. Protocolo de avaliação multidimensional do idoso. In: Moraes EN. Princípios básicos de Geriatria e Gerontologia. Minas Gerais: COOPMED; 2008. p. 157-88.
Ministério da Saúde (BR). HumanizaSUS - Política Nacional de Humanização: A Humanização como Eixo Norteador das Práticas de Atenção e Gestão em Todas as Instâncias do SUS. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.
Campos GWS. A clínica do sujeito: por uma clínica reformulada e ampliada. In: Campos GWS, organizador. Saúde Paideia. São Paulo: Hucitec; 2003. p. 51-67.
Ministério da Saúde (BR). Clínica Ampliada e Compartilhada. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.
Ausebel DP. The acquisition and retention of knowledge: a cognitive view. Dordrecht: Kluwer Academic Pubishers. 2010.
Mafi A, Moretto C, Texeira MFN, Saldanha OMFL, Rados ARV. A interdisciplinaridade e seus reflexos na formação do cirurgião-dentista. Rev ABENO. 2017; 17(1):62-73.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).