Conhecimento, conscientização e atitude do docente no que respeita ao consentimento informado e à autonomia do paciente
DOI:
https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v6i1.1442Palavras-chave:
Autonomia pessoal. Bioética. Consentimento esclarecido. Ética odontológica. Responsabilidade legal.Resumo
Um problema fundamental na relação profissional-paciente é a tomada de decisão, principalmente no que se refere aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos a serem adotados. O consentimento do paciente, antes do início de qualquer procedimento, é uma condição a ser respeitada. Observando-se o Princípio da Autonomia, toda pessoa tem o direito de decidir o que deseja ou não para si própria. A ausência do termo de consentimento pode significar um desrespeito a esse direito básico. Analisar o conhecimento, a conscientização e a atitude do docente em relação ao emprego do termo de consentimento informado e à autonomia do paciente nas disciplinas clínicas do Curso de Graduação em Odontologia fazse imperioso. Para tal desiderato, um questionário com 12 questões fechadas, do tipo “sim” ou “não”, foi entregue a cada um dos 42 docentes do curso; 24 responderam. A análise percentual das respostas obtidas demonstrou que 95,8% sabem o que é termo de consentimento informado e têm conhecimento da importância de sua utilização. Diante da indagação “Saberia elaborar um termo de consentimento informado?”, 58,3% responderam sim. Apurou-se ainda que 67% dos sujeitos da amostra têm consciência das implicações ético-legais da não-utilização do consentimento informado. No entanto, apenas 25% responderam conhecer o Princípio da Autonomia, e tão-somente a metade desses (12,5%) colocava em prática tal princípio. O docente do curso demonstra conhecimento e conscientização no que respeita ao termo de consentimento informado, embora sua atitude o comprometa ao demonstrar que não coloca em prática o Princípio da Autonomia.Downloads
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