Banco de empréstimo de instrumentais da Faculdade de Odontologia da FO-UFRGS
política afirmativa de permanência estudantil
DOI:
https://doi.org/10.30979/revabeno.v24i1.2157Palavras-chave:
Política Pública, Universidades, Odontologia, Equidade, Discriminação SocialResumo
Os bancos de instrumentais surgem como uma ação afirmativa de permanência estudantil importante para a formação em Odontologia. O objetivo deste artigo é descrever o processo de construção do banco de empréstimo de instrumentais (BEI) da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FO-UFRGS) e relatar as estratégias para o enfrentamento das desigualdades sociais durante a formação em Odontologia. A ideia do BEI surgiu em 2021, por um grupo de estudantes após uma discussão sobre desigualdades sociais durante uma aula remota, num contexto de retomada das atividades práticas com o abrandamento da pandemia de COVID-19. Em 2022 teve sua efetivação com seus primeiros empréstimos realizados. A gestão é feita por estudantes e seu acervo adquirido mediante doações. Atualmente o BEI possui um acervo de 8.630 instrumentais e 1.601 materiais de consumo, tendo emprestado 3.000 itens para 109 estudantes, em 171 solicitações em quatro semestres letivos. Para além do empréstimo de instrumentais, o BEI tem desenvolvido outras ações que impactam positivamente a vida acadêmica dos estudantes. O banco tem sido um espaço de acolhida, uma vez que estimula a organização dos estudantes para trocas entre si, formando uma rede de solidariedade. Também tem participado do grupo de trabalho de revisão das listas de instrumentais, estimulando sua redução para tornar a Odontologia mais acessível e justa, permitindo que estudantes de diferentes origens possam ter a oportunidade de seguir suas carreiras acadêmicas e profissionais. O BEI se consolidou como uma potencial ferramenta para democratização da formação em Odontologia na FO-UFRGS e redução das desigualdades.
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